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Manifestação sobre o aniversário de um ano do Caso Carli teve de ser em um posto de gasolina, por causa da chuva | Valterci Santos / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Manifestação sobre o aniversário de um ano do Caso Carli teve de ser em um posto de gasolina, por causa da chuva| Foto: Valterci Santos / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Cerca de 150 pessoas estão reunidas em uma manifestação que lembra o primeiro ano do acidente de trânsito que matou Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida em Curitiba. O veículo em que os dois estavam foi atingido pelo automóvel conduzido pelo ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho na madrugada do dia 7 de maio do ano passado.

O culto ecumênico, organizado pelos familiares das duas vítimas, começou por volta das 20h próximo ao cruzamento em que ocorreu o acidente fatal: a esquina das ruas Monsenhor Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski.

Em razão da chuva que começou a cair durante a noite na capital, os manifestantes estão reunidos no posto de gasolina instalado próximo ao local. Um carro de som foi colocado no estabelecimento. Cartazes e faixas foram levados para a manifestação e adesivos foram distribuídos para os participantes.

O evento deve contar com a participação de um padre, um pastor e dois cantores. Segundo Cristiane Yared, mãe de Gilmar, eles vão pedir por mais segurança, blitze e radares em funcionamento. A previsão de encerramento do culto é por volta das 22h.

A Diretran já havia organizado um esquema para bloquear duas faixas da Rua Ivo Zanlorenzi, mas, como os manifestantes se reuniram no posto, a via não foi fechado e o trânsito flui normalmente.

O acidente

O acidente envolvendo o ex-deputado aconteceu na madrugada do dia 7 de maio do ano passado. Carli Filho conduzia um Volkswagen Passat de cor preta, que acabou batendo contra um Honda Fit de cor prata. Os ocupantes do Fit, Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20, morreram na hora.

O caso ganhou repercussão nacional após a Gazeta do Povo revelar que Carli Filho tinha 130 pontos na carteira de habilitação. Exame realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) ainda comprovou que ele conduzia o veículo em estado de embriaguez. O acidente expôs um histórico de multas de políticos e de 68 mil cidadãos que dirigiam com a carteira de habilitação suspensa.

Carli Filho renunciou ao cargo de deputado estadual no dia 29 de maio do último ano, o que fez com que ele perdesse o foro privilegiado. O ex-deputado prestou depoimento à polícia no apart hotel onde estava hospedado em São Paulo no dia 9 de junho. Ele disse não se lembrar de nada do acidente.

Após três pedidos de prorrogação de prazo, o delegado Armando Braga de Moraes concluiu o inquérito e indiciou Carli Filho por duplo homicídio com dolo eventual no dia 11 de agosto de 2009.

Julgamento

No início de março deste ano, a Justiça começou a ouvir as testemunhas de defesa e acusação. A previsão é de que Carli Filho seja interrogado no segundo semestre deste ano, mais de um ano depois do acidente. Somente depois de ter acesso a todos os depoimentos é que o juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, decidirá se o ex-deputado irá ou não a Júri Popular.

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