São Paulo Marcos Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), estreou como trombadinha na região central de São Paulo aos 9 anos de idade. Ele abandonou a escola na 4.ª série, mas tem se preparado intelectualmente nesses anos de prisão.
A carreira de pequenos assaltos dos anos 80 foi interrompida por uma passagem pela extinta Casa de Detenção, onde Marcola se casou em 1990 com a advogada Ana Maria Olivatto, morta por rivais em 2002. De lá, fugiu em 1997, foi capturado e escapou de novo, em 1998.
Saiu como grande assaltante, tendo roubado R$ 7 milhões da transportadora de valores Transpev. Gozou de um breve período de liberdade e luxo, andando em carros importados e trajando roupas de grife, o que lhe valeu o apelido Playboy. Até cair em julho de 1999, quando foi visitar o irmão Alejandro, também bandido. E não saiu mais da prisão, apesar de tentativas de resgate frustradas, promovidas pelo PCC, que ele passou a liderar no fim de 2002, depois de um racha entre os fundadores. Suas penas, que somam 39 anos, superam sua idade: Marcola nasceu há 37 ou 38 anos em Osasco, filho de pai boliviano e mãe brasileira.



