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O crime na ofensiva

Para PCC, Estado deveria negociar

São Paulo – Repetida hoje, depois do maior surto de violência da história de São Paulo, a declaração pode soar como um escárnio. Ou como uma terrível advertência. "O Estado deveria aproveitar e negociar conosco. Ainda bem que somos sensatos. Porque existem outros que são sanguinários, verdadeiros psicopatas. Se eles assumem a liderança do partido, aí é que o caldo vai entornar." Quem disse isso, por volta de novembro de 2005, foi Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O psicólogo Alvino Augusto de Sá, da Secretaria de Administração Penitenciária, quis saber até onde iria a escalada de violência, já iniciada com motins nos presídios e ataques a bases da polícia. "Não sei", respondeu Marcola. "Isso depende em grande parte do Estado, de sua disposição de negociar."

Na conversa de pouco mais de uma hora, na sala de aula de uma penitenciária ao lado do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (SP), Marcola demonstrou cultivar a auto-imagem de um homem controlado. E deixou no doutor Alvino, há 33 anos psicólogo da secretaria e professor de Criminologia Clínica da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), a impressão de se tratar de um homem "autodeterminado, lúcido e assertivo".

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