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O delegado Maurílio Alves, da Delegacia de Homicídios, ouviu nesta segunda-feira (25) os depoimentos de Claudinei Batista Severino, irmão do motorista que causou o acidente no Barreirinha, em Curitiba; Luciane Kichi Janoski, esposa de Claudinei, e Jorge Kichi Janoski, irmão de Luciane.

Segundo Alves, os depoimentos acrescentaram pouco à investigação. O delegado não quis comentar o conteúdo para não atrapalhar as investigações e para preservar a integridade física dos depoentes. Porém, adiantou que Jorge Janoski não tentou atropelar outras pessoas, como havia sido comentado.

"Ele (Jorge) disse que estava dormindo quando soube do acidente e que saiu correndo para tentar ajudar o Claudemir (motorista). Quando ele passou em frente ao local, viu de dez a 12 pessoas agredindo o Claudemir e começou a buzinar para ver se dispersava, o que não aconteceu", relata Alves.

"O intrigante é que o Jorge comentou que as pessoas pareciam mais interessadas em agredir do que salvar àqueles que estavam feridos no carro", complementa o delegado.

SobreviventeO depoimento da sobrevivente Sirley da Cruz Dias, ainda está sendo esperado, mas o delegado comentou que pouco vai acrescentar. "Dela eu só devo obter quais eram as pessoas que estavam na festa, quando aconteceu o acidente, uma vez que ela foi socorrida e não viu o linchamento. Em virtude do estado de saúde da Sirley, a polícia vem dando certa liberdade para que ela possa depor quando reunir condições físicas para tal.

"A partir deste depoimento vou convocar as pessoas que estavam na festa para depor. Acredito que seja umas 14 pessoas", diz Alves.

Disque DenúnciaA delegacia de Homicídios vem encontrando dificuldades para identificar os agressores que lincharam o motorista do caminhão, pois "os que viram são pessoas próximas e que dificilmente vão denunciar", diz o delegado.

Alves apela inclusive para que outras pessoas, que não tenham sido intimadas, que utilizem o disque-denúncia. "Recebemos ligações que estão ajudando as investigações. Recebemos a denúncia de duas pessoas suspeitas de agredir o motorista. Elas serão chamadas para depor", conclui.

Quem quiser, pode telefonar para a delegacia de Homicídios no (41) 3262-2641, ou no disque-denúncia 181.

Inquérito sobre o acidenteO delegado Armando Braga, da Delegacia de Delitos de Trânsito, que está apurando as causas do acidente, informou nesta segunda-feira (25) que ainda aguarda o resultado do exame de dosagem alcoólica, feito no motorista.

Porém o resultado já é, de certa forma, esperado. "A dona do bar confirmou que o Claudemir bebeu uma dose de vodka e pelo menos uma cerveja, mas quero saber o grau de embriaguez", confirmou Alves.

Braga também pretende ouvir Sirley, mas assim como a Homicídios, está esperando que a jovem tenha condições de prestar depoimento.

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