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A transformação de Londrina em um pólo tecnológico deverá ser um dos temas centrais do Fórum Futuro 10 Paraná, que será realizado na cidade na próxima quarta-feira, dia 27. Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), o maior município do Norte do Paraná já faz parte – ao lado de Curitiba – do seleto grupo de 15 áreas do país que atraem empresas inovadoras que investem em pesquisa e desenvolvimento. Mas a cidade quer ir mais longe. "A instalação do Parque Tecnológico, já em obras, e a possível instalação de um câmpus do Cefet vão abrir novas perspectivas para o setor de pesquisas", afirma o prefeito Nedson Micheleti.

Dentro da perspectiva histórica, a instalação e surgimento de empresas que investem pesado em tecnologia em seus processos industriais é uma conquista de Londrina. Até o meado dos anos 70, o Norte do Paraná era o propulsor econômico do estado, decorrente das lavouras de café. Após a Geada Negra, que devastou os cafezais em 1975, a região passou por uma crise econômica sem precedentes, mas se recuperou nas décadas seguintes com a substituição do café pela soja.

O desenvolvimento econômico sempre esteve ligado à atividade agropecuária. Entretanto, num processo que está se consolidando, o conhecimento e a inovação tecnológica estão ocupando cada vez mais espaço na geração de riqueza no município. "A disposição das diversas entidades e instituições para trabalhar em torno de soluções conjuntas é a questão que diferencia Londrina dos outros municípios", afirma o presidente do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia (CMC&T), Dimas Soares Júnior.

O ponto fundamental para o início do processo de industrialização foi a elaboração do Plano de Desenvolvimento de Londrina, elaborado em 1992 por Ivan Lupiano Dias. Ele conseguiu identificar o potencial da região e propôs uma série de medidas para incentivar o desenvolvimento tecnológico. "O início não foi um processo todo articulado, foi ocorrendo de forma descoordenada", diz Soares Júnior.

Conhecimento

A principal virtude que converteu o potencial em realidade foi a presença de diversas universidades e centros de pesquisa, combinada com a localização privilegiada, próxima a grandes centros, como São Paulo e Curitiba, além de estar no corredor de integração com os países do Mercosul. O presidente da Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina (Adetec), Florindo Dalberto, informa que existem no município 13 instituições de ensino superior, 1.400 pesquisadores, 71% deles com mestrado ou doutorado, e 240 grupos de pesquisa registrados no CNPq. "O caldo cultural formado por esses ativos humanos cria uma grande capacidade para inovação", analisa Dalberto.

Outro diferencial de Londrina é a qualidade de vida, combinando características de cidade de interior com um grande centro urbano. Essas características colocam a cidade em situação de igualdade na disputa pela implantação das empresas com outros centros consolidados de inovação tecnológica, como a região de Campinas e São José dos Campos, ambas no interior de São Paulo, e a região metropolitana de Curitiba.

Iniciativa da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), em parceria com diversas instituições, o Fórum Futuro 10 Paraná pretende construir um plano de desenvolvimento do estado. Cerca de 550 lideranças de Londrina e região devem participar da segunda etapa do encontro, na quarta-feira.

Serviço: mais informações no site www.futuro10parana.com.br.

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