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André Vieira, genro do Polaco, e Aparecido Gama queimam objetos que sobraram na chácara onde ocorreu a chacina | César Machado/Vale Press
André Vieira, genro do Polaco, e Aparecido Gama queimam objetos que sobraram na chácara onde ocorreu a chacina| Foto: César Machado/Vale Press

Local da maior chacina da história do Paraná, a chácara de Jossimar Marques Soares, o Polaco – também morto no crime –, fica a poucos quilômetros do Centro de Guaíra, ao lado de um bairro conhecido como Vila dos Pescadores. O lugar esteve algum tempo abandonado, mas logo familiares retornaram ao local para fazer a limpeza.

André Vieira, 23 anos, pescador, é genro do Polaco e perdeu um irmão na chacina – Fernando Vieira Bradfich, de 22 anos. "Ele veio até aqui para buscar um cavalo que estava no pasto. Não tinha nada a ver com a história", afirma André.

Na última quarta-feira, ele e outro homem, Aparecido Nunes Gama, 45 anos, queimaram alguns objetos ao lado do galpão onde algumas vítimas foram executadas. André diz que não gosta de ficar na chácara e que a mulher dele quer ir embora de Guaíra. Já Aparecido não demonstra receio. Ele está dormindo na chácara. "Não tenho medo não", conta.

Escola

Quatro das 15 vítimas da chacina estudavam no Colégio Estadual do Jardim Zebalos, que fica em um dos maiores bairros da cidade. Três deles foram mortos: Mizael Soares, 16, André Martins, 17, e Leonardo Prata, 16 anos. Outro ficou gravemente ferido e continua hospitalizado.

"A gente olha para o corredor da escola e lembra deles. Mas queremos esquecer tudo isso que aconteceu", afirma a vice-diretora Rita Sabrina Dias. "Lá fora nossos alunos são presa fácil", diz. Na escola também estudava o filho de Jair Correia, principal suspeito de ser o executor da chacina.

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