A Polícia Civil de Londrina, no Norte do Paraná, quer saber quem é o receptador dos produtos furtados por Fernando Kleber Teodoro, de 33 anos, preso preventivamente na última sexta-feira por decisão da 5ª Vara Criminal. Teodoro, que é chaveiro profissional, praticava roubos a apartamentos residenciais e salas comerciais há pelo menos seis meses. Ele apanhava chaves nas imobiliárias sob alegação de que estaria interessado nos imóveis.
Preferencialmente, ele furtava notebooks e câmeras fotográficas profissionais, mas se houvesse jóias, dinheiro e outros produtos de informática disponíveis, ele também os tomava. Teodoro está preso no 2º Distrito Policial e vai continuar detido enquanto responde ao processo, e a investigação continua em busca de mais pessoas envolvidas.
O que justificou o pedido de prisão, afirmou o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Sérgio Barroso, foi a quantidade de pessoas que dizem ser vítimas do tipo de furto praticado por Teodoro. A Polícia Civil não tem um levantamento, mas há boletins de ocorrência registrados na Delegacia de Furtos e Roubos, no 1º e no 4º Distritos Policiais. Teodoro já havia sido preso em 2005 e em 2006, em flagrante de furto e por tentativa de furto, respectivamente.
O que os crimes têm em comum é o modus operandi de Teodoro. "Ele fazia um levantamento de quais apartamentos tinham os bens que ele queria. Depois, procurava apartamento para alugar ou vender no mesmo prédio, ia na imobiliária e dizia que estava interessado em visitar. Com o pretexto de visitar o imóvel, ele entrava no prédio e ia no apartamento que ele queria furtar", explicou.
Com os conhecimentos de chaveiro, na maioria das vezes, Teodoro abria as portas, procurava o que queria e, ao ir embora, trancava as portas. "Ele não fazia bagunça, só pegava aquilo que estava procurando. Muitas vezes, a vítima ia perceber o furto dias depois, só quando fosse procurar o equipamento."
As regiões preferidas para a prática dos furtos eram a região central e zona sul. A identificação foi facilitada por meio das imagens das câmeras de segurança, mas Barroso faz uma ressalva. "Na maioria dos casos, as imagens não têm resolução suficiente, ou então as imagens não são gravadas ou até são, mas tão rápido, que não servem para nada", alertou.
Como Teodoro já era conhecido da Polícia Civil, a prisão foi efetuada horas depois que o mandado foi expedido. Ele foi preso na Rua Sergipe, próximo ao Calçadão. Em seu poder estavam alguns pen drives furtados com informações de pessoas de Cornélio Procópio, o que indica que pode haver vítimas naquela cidade também. Teodoro não estava armado no momento da prisão.
Barroso faz um alerta para a necessidade de as imobiliárias não permitirem que pessoas interessadas em visitar imóveis para venda e locação o façam sozinhas. "É preciso sempre um funcionário ir junto e o porteiro ficar atento ao tempo que o visitante demora", disse.



