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Um ciclone extratropical deve se formar na quarta-feira (19) sobre o oceano no litoral Sul do país. Segundo a previsão do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Ciram) rajadas de vento de até 70 km/h que devem atingir Santa Catarina. Nesta terça-feira (18), Florianópolis decretou situação de emergência em razão dos estragos provocados pelo mar na praia da Armação do Pântano do Sul.

Segundo a meteorologista do Instituto Epagri/Ciram, Marilene de Lima, o ciclone será formado pela associação de uma área de baixa pressão e a frente fria que está sobre o estado. A Defesa Civil do Estado divulgou um alerta desaconselhando a navegação na região.

No Paraná, a chuva deve atingir apenas as cidades do Litoral. Segundo o Instituto Tecnologico Simepar, as temperaturas ficam baixas pela manhã. Há possibilidade de geadas nas regiões localizadas mais ao Sul. A mínima prevista para Palmas é de 6°C e a máxima não ultrapassa os 16°C. Em Curitiba os termômetros variam entre 10°C e 19°C.

Estragos em Santa Catarina

Desde a semana passada, 42 municípios foram afetados pelos temporais e 4 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas. O volume de chuva no mês de maio está acima da média, segundo a meteorologista Marilene, na maior parte das regiões de Santa Catarina. Entre os dias 1.º e 18, os totais ficaram em torno de 200 mm no Oeste e superaram os 250 mm no Sul do estado. Em 48 horas choveu 103,4 mm em Dionísio Cerqueira, mais da metade do esperado para todo o mês.

Na capital, 60 casas que ficam em áreas de encostas foram interditadas pela Defesa Civil. Segundo o major Márcio Luiz Alves, duas pessoas ficaram feridas no desmoronamento de uma casa no Morro do 25. "Só tivemos três dias de sol este mês. As equipes não conseguem trabalhar na recuperação dos estragos porque não para de chover", afirma.

Na parte sul de Florianópolis, o problema é a ressaca. Na praia da Armação do Pântano do Sul o mar cobriu a faixa de areia e já provocou estragos em cinco casas. Arantes Monteiro Filho, líder comunitário, conta que a praia é uma das mais visitadas por turistas. "Desde abril, quando houve uma forte ressaca, o mar subiu e não voltou mais ao normal", disse.

Além dos danos a residências, a ressaca já prejudica a principal fonte de renda da região, a pesca. O período de defeso da tainha, em que a pesca é proibida, terminou no último sábado, mas os pescadores estão impedidos de trabalhar. "Ninguém conseguiu ir para o mar ainda por causa da chuva e da ressaca", conta Monteiro Filho.

Estradas

A chuva também provocou estragos em duas rodovias do estado. Segundo a Defesa Civil, a pista cedeu no km 139 da SC-301, em Campo Alegre. Não foi preciso bloquear a rodovia, pois há desvios pela lateral da pista. Já a rodovia SCT-280, em Porto União, está parcialmente interditada. Houve uma queda de barreira no km 291 da rodovia. Os motoristas também encontram problemas nas rodovias SC-466, em Itá, SC-457, em Lebon Régis, SC-302, em Matos Costa, e na SC-451, em Caçador, em razão das chuvas das últimas semanas.

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