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Meio ambiente

Cidadão é chamado a se engajar no COP 8 e no MOP 3

Uma equipe de 30 profissionais da prefeitura de Curitiba recebeu a tarefa de "aproveitar a ocasião". Em menos de dois meses, quando 5 mil visitantes internacionais, incluindo chefes de estado, estiverem circulando pela cidade, discutindo biodiversidade e biossegurança, a palavra de ordem é quanto mais gente embarcar na conversa, melhor. A ordem acabou se convertendo em 12 projetos diferentes e das mais diversas naturezas. Ora é preciso fornecer subsídios sobre a COP 8 e a MOP 3 para as escolas, ora arrebanhar voluntários para acompanhar estrangeiros e até servir-lhe de empréstimo.

À primeira vista, a impressão é de que a mobilização local para as duas conferências da ONU ainda está meio crua. Os organizadores garantem que não. Dentro de poucas semanas, por exemplo, um grande seminário vai formar um pequeno exército de curitibanos para lidar com a complexidade do evento. Eles fazem parte de uma seleção de cinco mil moradores da cidade, pertencentes aos mais diversos setores, mas que de alguma maneira podem trombar com um sul-africano, um malasiano ou um canadense em busca do Expo-trade Center, em Pinhais, ou coisa assim.

A geógrafa Dayse Cristina Senna, da equipe local de coordenação dos eventos, destaca as parcerias que a mobilização já provocou, seja com prefeitos do interior ou com técnicos do BPTran – nesse caso, com cerca de 500 treinamentos já efetuados. "Um passo importante foi identificar as pessoas da cidade que podem ser agentes. Estamos tentando formar o máximo de equipes."

Em paralelo a esse "alerta geral", alguns segmentos serão treinados olho no olho, como os taxistas. Cerca de mil profissionais teriam sido contatados. Além de se virar com o inglês de sobrevivência na selva, dar atendimento de primeira e levar o visitante no endereço certo, é importante que eles saibam do que tratam as conferências. Os organizadores, inclusive, não estão bolando esses intensivões com perspectivas imediatistas. É moeda corrente entre os técnicos da prefeitura que é preciso dar provas de que Curitiba tem gabarito para abrigar eventos internacionais. E pelo menos placas bilíngües na área de maior trânsito dos participantes, não vão faltar. Elas seguem padrão internacional e vão ficar incorporadas em definitivo à cidade.

O engenheiro Hélio Amaral, um dos líderes da equipe que prepara o COP e o MOP na capital, mostra, inclusive, que é preciso ter metáforas na ponta da língua na hora de explicar – para a criançada da escola ou para a dona Maria da venda – o que é biodiversidade. "A gente recorre àquela idéia de que a melhor dieta se faz com um prato muito colorido. Biodiversidade é isso", comenta, ao tratar do desafio que está sendo atingir uma clientela como a Secretaria Municipal de Educação – são mais de 100 mil alunos na rede, à espera de um material lúdico e informativo, clientela preferencial da era COP e MOP na capital.

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