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Cascavel – A Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel (Acesc) pode fechar o ano sem ter onde enterrar os mortos na cidade. A capacidade dos três cemitérios públicos está no limite. A situação obrigou a autarquia municipal a construir um gavetário de emergência com capacidade para 180 vagas.

A superintendente da Acesc, Fátima Pértile, classificou o problema como "gravíssimo". A situação é mais crítica no cemitério Jardim da Saúde, no bairro Guarujá, zona sul da cidade. De acordo com a Acesc, há apenas 36 covas. No cemitério São Luiz, no bairro São Cristóvão, zona oeste, existem 315 terrenos disponíveis. No cemitério central, o mais antigo do município, a venda de espaços já se esgotou há mais de um ano. No local existem vagas apenas em jazigos familiares.

Para minimizar o problema, o gavetário começou a ser construído esta semana, anexo ao cemitério Jardim da Saudade. De acordo com a autarquia, a obra deve ficar pronta em 30 dias. O sistema consiste na construção de gavetas verticais individualizadas. Fátima culpou as administrações anteriores da Acesc pelo estrangulamento da capacidade dos cemitérios. Ela afirmou que o problema só será solucionado com a construção de um novo espaço. Esse processo, segundo Fátima, demora pelo menos um ano e meio, incluindo desde a desapropriação da área até a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental feito pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná).

A superintendente da Acesc reconheceu que a prefeitura está com dificuldade para definir o projeto. A autarquia estuda a compra de uma área na região norte e outra ofertada na região do Cascavel Velho. Até que o negócio seja definido, a Acesc pretende, além do gavetário, ampliar o espaço dos cemitérios São Luiz e Jardim da Saudade, transformando ruas em terrenos.

No Guarujá, a outra possibilidade é ampliar o cemitério para um campo de futebol usado pela comunidade, mas isso depende da aprovação dos moradores.

Cascavel registra cerca de 180 óbitos por mês, sendo que, desse total, 150 são enterrados nos cemitérios do município, incluindo os do interior. Além dos cemitérios públicos, a população tem a opção da rede particular. Mas o valor do terreno no único investimento privado da cidade é considerado alto, entre R$ 2,5 mil e R$ 12 mil – este último com seis gavetas – enquanto que os valores do São Luiz e Jardim da Saudade variam entre R$ 70 a R$ 500.

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