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 | Gilberto Abelha / Arquivo do JL
| Foto: Gilberto Abelha / Arquivo do JL

Vários municípios do Paraná poderão perder ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que fazem parte do programa de regionalização do serviço. As ambulâncias, viabilizadas pelo Ministério da Saúde há cerca de dois anos, não foram utilizadas corretamente e, por isso, poderão ser remanejadas para outros municípios, segundo o governo federal.

Até o final da manhã desta segunda-feira (7), o Ministério da Saúde não confirmou a quantidade de municípios que poderão perder as ambulâncias do Samu do Paraná, mas pelo menos dois deles ficam na região Noroeste: Ivaiporã e Paiçandu. De acordo com o governo federal, relatórios elaborados pelas próprias prefeituras do estado indicaram diversas irregularidades.

Em Ivaiporã, a cerca de 155 quilômetros de Maringá, duas ambulâncias eram utilizadas de forma irregular. Uma delas nunca saiu do pátio da prefeitura, segundo o atual secretário de Saúde, Luiz Carlos Favarim. A outra, que deveria ser usada como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel, substituía o ônibus da pasta no transporte de pacientes para outras cidades. "Isso é ilegal, mas só tomamos ciência da situação agora. Vamos tentar reverter essa situação", afirmou o secretário em entrevista por telefone à Gazeta Maringá.

Favarim explicou que prefeitos e vereadores de Ivaiporã, Jardim Alegre, Arapuã, Ariranha do Ivaí, Lidianopolis e Lunardelli, que deveriam ser beneficiados pelas duas ambulâncias, vão se reunir na tarde desta segunda-feira (7). Segundo o secretário, a região recebe um repasse mensal de cerca de R$ 25 mil para a manutenção dos veículos, mas o pagamento das equipes médicas deve ser dividido entre os municípios.

"Somente para a UTI móvel precisamos de pelo menos seis equipe médicas para oferecer o serviço, considerando o esquema de plantão básico de atendimento. Esse é o maior custo e a maior dificuldade para nós", afirmou Favarim. O serviço pode beneficiar cerca de 70 mil moradores da região.

O mesmo problema é enfrentado por Paiçandu, a cerca de 16 quilômetros de Maringá, onde a falta de profissionais qualificados inviabiliza o uso de uma ambulância oferecida pelo governo federal e que beneficiaria cinco outras cidades, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Em entrevista à RPC TV, Sandra Costa afirmou que o município espera um prazo maior para realizar concurso e contratar pessoal.

A assessoria de imprensa do ministério informou que não há um prazo específico para que os municípios se adequem ao programa de regionalização do Samu, mas apenas uma cobrança para que o serviço seja oferecido. Caso isso não aconteça ainda no início deste ano, as ambulâncias serão remanejadas para municípios da região que tenham condições de atender e oferecer o serviço à população.

O diretor da 15ª Regional de Saúde, Kazumichi Koga, afirmou à RPC TV que prefeitos e secretários dos 30 municípios devem se reunir em março para definir como o Samu será reestabelecido na região. Ele disse que os custos e o financiamento do serviço farão parte da pauta de discussão.

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