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Mato Grosso é o estado brasileiro com o maior número de queimadas. Mais de 30 mil focos foram registrados somente em agosto. Por causa dessa grande incidência, cientistas estão provocando incêndios em uma área controlada para estudar a recuperação das florestas.

O estudo é feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e o Woods Hole Research Center (WHRC), uma entidade americana. A queimada foi autorizada pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso em uma área de 150 hectares no município de Querência (MT) e é monitorada desde 2004. A região é uma das mais atingidas pelas queimadas, principalmente nas pastagens.

A fumaça que os incêndios lançam na atmosfera influencia o regime de chuvas. "Quanto mais fumaça, você acaba deslocando as nuvens de lugar, muda o regime de chuva", disse o pesquisador Oswaldo de Carvalho, do Ipam.

O estudo permitiu projetar as consequências de um incêndio florestal em um período prolongado de estiagem. "Se você tem muita seca a cada três anos, ela vai queimar mais e terá chamas bem mais altas que o fogo anual", disse a pesquisadora Jennifer Balch, do WHRC.

Os pesquisadores constataram que metade das árvores localizadas na área não resistiu à queimada e morreu. A outra parte que brotou não cresceu do mesmo tamanho. Ou seja, a floresta ficou mais empobrecida e vulnerável a novos incêndios.

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