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Respostas comentadas do simuladinho de Matemática |
Respostas comentadas do simuladinho de Matemática| Foto:

Ação do governo incentiva a construção

Nos últimos meses, a capital federal assiste a um boom silencioso da construção civil. O fenômeno nada tem a ver com a expansão imobiliária, e sim com a guerra declarada pelo governo do Distrito Federal às invasões.

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Na maioria das grandes cidades brasileiras, as invasões de terras são feitas pela população pobre das periferias. Mas em Brasília é diferente. Atraídos pela oferta fácil, mesmo com a insegurança de não ter uma escritura em mãos, filhos da classe média e das camadas mais altas da sociedade compraram lotes em grandes quantidades e construíram casas em terrenos irregulares. Os grandes condomínios Village Alvorada, à beira do Lago Sul, e Ville de Montaigne, a oito minutos do Palácio do Planalto, são exemplos dos chamados condomínios classe A. Neste último foram erguidas milhares de casas. "Em Brasília, um número grande de áreas não regulares foram ocupadas pela classe média e pela classe média alta", afirma Antônio Gomes, presidente da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap).

São milhares de famílias envolvidas e, por isso, não resta ao governo outra alternativa que não seja vender as terras públicas invadidas aos seus ocupantes. A Terracap já começou a estabelecer o preço que cada morador terá de pagar ao governo para legalizar seu imóvel. Os moradores dos condomínios de classe média e alta pagarão preço de mercado – cerca de R$ 75 por metro quadrado. No preço final, seja das casas ou apenas dos terrenos, os atuais "proprietários" terão um desconto relativo às benfeitorias, como obras de pavimentação, urbanização, rede de água e de luz. Nos loteamentos de baixa renda, quem ganha até cinco salários mínimos receberá a escritura de graça.

O presidente da Terracap garante que o governo de José Roberto Arruda representa uma ruptura no processo de ocupação irregular do solo urbano na capital.

Apesar do combate a novas invasões, Gomes acredita que o movimento de migração para Brasília não será interrompido. Uma pesquisa coordenada pela Universidade de Brasília (UnB) concluiu que brasileiros de todas as regiões – principalmente de Goiás, Minas Gerais e Bahia – continuam dispostos a se mudar para a cidade.

Dentro das novas regras de ocupação urbana, o governo prepara novos loteamentos. Para atender a esta demanda, Gomes informa que a Terracap vai licitar novas áreas para a construção de prédios de apartamentos voltados para a classe média. Outros loteamentos atenderão aos servidores públicos e à população de baixa renda.

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