Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Polêmica

Clima é de desalento, diz presidente do TJ

Curitiba – Mesmo com a expectativa de que apenas 10% dos 600 cargos comissionados no Tribunal de Justiça do Paraná sejam atingidos pela resolução antinepotismo do Conselho Nacional de Justiça, o desembargador Tadeu Marino Loyola Costa, presidente da casa, afirma que o clima da casa é de "desalento". O sentimento, segundo ele, deve-se não apenas àqueles que terão de sair, mas também ao temor de ter de trabalhar com pessoas que não sejam de confiança.

"Não sou contrário às medidas contra o nepotismo. É preciso agir rigorosamente contra aquilo que for contra a administração pública. Mas o juiz trabalha muito, não só no tribunal, mas em casa, e precisa ter assessores próximos em quem confie", defende.

Para Loyola, enquanto não houver decisão contrária do Supremo Tribunal Federal, o documento do CNJ é inconstitucional. "Na Constituição, quando se fala de parentes por afinidade, se refere apenas ao segundo grau de parentesco. Na minha visão, estender ao terceiro grau é um excesso."

O presidente entende como nepotismo a indicação de uma pessoa desqualificada para um determinado cargo. "E que na realidade não vai exercê-lo, porque não tem condições. Mas se o parente tem condições plenas de assumir um cargo de comissão, não vejo porque impedir."

Para secundar a resolução do CNJ, Loyola assinou um decreto judiciário para solicitar que os enquadrados no documento declarem a condição de parentes em até terceiro grau de magistrados até o último dia 9 de janeiro. Prazo prorrogado na última semana para 30 de janeiro, de acordo com os assessores da presidência, por causa do recesso do tribunal. (DD)

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.