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Uma chance de defesa. Esse foi o presente que o pedreiro Jesse Francisco da Silva, de 54 anos, ganhou neste início de ano. Silva procurou a Defensoria Pública de Curitiba com uma ordem de desocupação do imóvel em que ele reside faz quatro anos, sob pena de retirada com o uso de força policial. De acordo com o defensor responsável pelo caso, Bruno de Almeida Passadore, a decisão era resultado de um processo de reintegração de posse que tramitou à revelia. "O senhor Jesse provavelmente foi chamado para participar do processo, mas por ser muito simples jamais se manifestou nos autos. Quando o processo chegou até a gente, veio já com decisão definitiva, porque não houve recurso. Ele nunca conseguiu se defender", explica. A notícia veio na época do Natal e foi um baque para a família do pedreiro. "Eu não tinha para onde ir. Iria colocar os meus móveis na rua", conta ele, que mora com a esposa e dois filhos.

Justiça para todos 2

Após sugestão de uma vizinha, Silva foi até a Defensoria, que presta auxílio jurídico gratuito a quem não pode pagar um advogado. O órgão analisou o caso e encontrou uma falha processual: a esposa do pedreiro, casada com ele em regime de comunhão parcial de bens, não havia sido citada na ação. O argumento foi aceito pela Justiça, que suspendeu temporariamente a desocupação. Agora o processo voltará ao início. Independentemente do resultado, Silva terá ao menos a possibilidade de lutar pelos seus direitos.

Jornal do futuro

No dia 3 de fevereiro a Gazeta do Povo completa 95 anos e dá início à contagem regressiva para o centenário do jornal, em 2019. Pensando no futuro, propomos aos leitores o desafio de imaginar o Paraná daqui a cinco anos. Qual você gostaria que fosse a principal notícia na capa do jornal no dia 3 de fevereiro de 2019? Mande sua sugestão para entrelinhas@gazetadopovo.com.br

Recolham as pranchas

O mar revolto que tomou conta do asfalto da canaleta da Avenida República Argentina (foto), nos bairros Água Verde e Portão, deve entrar em calmaria. Na última sexta-feira foi iniciado o trabalho de recapeamento da via. As ondas formadas no chão – que colocavam pedestres em risco, trepidavam passageiros e comprometiam a conservação dos ônibus – foram removidas do asfalto. O problema na pavimentação foi relatado aqui na coluna em 5 de janeiro. Usuários do sistema de transporte de Curitiba, moradores e pessoas que frequentam a região esperam que a revitalização seja duradoura.

Parquímetro

A coluna perguntou ontem se os leitores consideram o parquímetro uma boa opção para as vagas rotativas de Curitiba. A possibilidade de instalação dos equipamentos revoltou vereadores da Comissão de Acessibilidade, para quem as máquinas, instaladas nas calçadas, dificultariam ainda mais a passagem de cadeirantes e cegos. Para o leitor Maurício, a polêmica não tem razão de ser: "Parquímetro existe no mundo inteiro, mas aqui é um problema... pelo amor de Deus!", critica.

Instância superior

O governador Beto Richa esteve ontem à noite no Bar O Torto, no bairro São Francisco. Richa chegou de moto, com amigos, perdeu uma partida de sinuca e foi embora cerca de uma hora depois. Para quem não se recorda, é lá, nos arredores do Torto, que acontece desde 2010 a polêmica Quadra Cultural, evento organizado pelo dono do bar, Arlindo Ventura, e que reuniu 7 mil pessoas em sua última edição, no ano passado. Ventura buscava apoio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) para que a Quadra fosse institucionalizada e entrasse no calendário oficial da cidade. Nesta semana, porém, o presidente da FCC, Marcos Cordiolli, reafirmou estar aberto a conversas, mas disse que não gastará dinheiro público com um evento privado. Estaria o empresário apelando para "instâncias superiores"?

Colaboraram: Cristiano Castilho e Jorge Olavo.

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