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Ricardinho e a língua de fora característica | Arquivo/GRPCOM
Ricardinho e a língua de fora característica| Foto: Arquivo/GRPCOM

O que acontecia na época...

A impressão que se tem hoje é de que estamos muito perto de voltar aos tempos do tacape – é gente sendo amarrada em poste, assassinatos bárbaros etc. O fato é que não mudou nada. Sempre foi assim. Vejam só, 1997 foi o ano em que um grupo de jovens pôs fogo e matou o índio Galdino. E tudo bem. Hoje a molecada deve estar solta, flanando por aí.

Ricardinho e Caio Júnior eram dois daqueles jogadores que na pelada de fim de semana ninguém levaria muita fé. Ambos não tinham papo, muito menos panca de boleiro – o Caio, até hoje, exibe aquele jeitão de quem acorda penteado. Foram craques.

Sorte do Paraná que pôde contar com os dois – juntos ainda! E num encontro em abril de 1997, com o saudoso Matsubara – de Cambará, do matreiro Sueo, sempre uma bronca para os times da capital no início dos 90 – a dupla aniquilou.

O jogo era válido pelo "octogonal final" do Paranaense daquele ano – as aspas servem para chamar atenção, pois no certame local não é toda vez que o octogonal é final ou campeão o clube que levantou o caneco. De certo, que o Tricolor Tricolão Tricolaço foi penta naquela temporada.

Bola rolando no Érton Coelho de Queiroz, ou Vila Olímpica, ou Boqueirão, como queiram, e não deu tempo dos visitantes se acostumarem com o piso, pressão atmosférica etc. Logo de cara, bola na rede.

O avante Tico foi lançado, invadiu a área e acabou abatido pelo zagueiro James: "pênalte". Ricardinho se encarregou da cobrança e não deixou o goleiro Márcio Vieira nem sair na fotografia: 1 a 0.

Não demorou muito e foi Caio Júnior que escapou pela direita, solto. De lá, encontrou Ricardinho livre. O meia pôs a língua para fora, como de costume, tentou uma, duas vezes até ampliar: 2 a 0, placar da etapa inicial.

Volta do intervalo, os donos da casa reprisaram o estratagema. Enquanto o adversário ainda se readaptava, gol paranista. Ricardinho retribuiu e, de prima, aprumou para o camarada, Caio Júnior, também de primeira, anotar 3 a 0.

Logo em seguida os cambaraenses deram o último suspirou. Qual a chance de um mesmo jogo ter dois Ticos centroavantes? Aconteceu na ocasião. Tico, do Matsubara, partiu livre na frente de Régis, aquele, e diminuiu: 3 a 1. Mas ficou por aí.

Aos 20 minutos, Reginaldo ajeitou para Caio Júnior imitar Ricardinho e também fazer o segundo gol no confronto: 4 a 1. E já aos 40 minutos, Tcheco, aquele, recebeu de Ednélson, que também é aquele (do gol do primeiro título, do gol 1001), limpou e marcou o tento derradeiro.

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