O Patrício Caldeira de Andrada conta que o "carismático" Jofre Cabral e Silva foi o "cara" de Curitiba no final dos anos dourados da década de sessenta. Todas as suas ações, ora como advogado da Caixa Econômica Federal, ora liderando o Santa Mônica Clube de Campo ou exercendo a presidência do Atlético Paranaense, tinham, além de muita competência, uma extraordinária dose de humor. Assim, numa "Festa do Chopp" que realizou em sua residência, "decorou" o banheiro da churrasqueira com um manequim sentado no vaso lendo jornal e iluminado com uma lâmpada bem fraquinha. "Apertados" pelo efeito diurético da bebida servida, os convidados, ao abrir a porta do banheiro, se assustavam com a cena que vislumbravam e, constrangidos, pediam desculpas e ficavam no lado de fora, na fila dos apertados, aguardando que a "casinha" desocupasse.
O pelotão geriátrico
Conta o ex-presidente do Country Club que há tempos, aos sábados, um grupo de antigos amigos que se passou a intitular-se Tropa de Elite reunia-se e partia para uma caminhada de cerca de duas horas pelas ruas de Curitiba, sem destino certo. Entre eles estavam Gastão Cordeiro, Abílio Abreu, Ítalo Conti Jr., Edmar Sguario, Luiz Carlos Mello, Edgard Luiz Cavalcanti de Albuquerque, Antônio Araújo e Ivo Almeida,
Numa dessas e passando pela ciclovia acima do Country, um ciclista de capacete tocou a campainha e, ultrapassando-os, gritou:
Sai da frente, pelotão geriátrico!
Embora todos tivessem ultrapassado os 60 anos (razão de seus cabelos brancos), não gostaram e gritaram para que ele parasse, porém inutilmente, porque prosseguiu em sua marcha com a velocidade aumentada talvez temeroso da reação, já que as reprimendas se faziam em voz elevada.
Segundo muitos dos caminhantes, o autor da frase foi o ilustre advogado Carlos Eduardo Manfredine Hapner (também de cabelos brancos) o qual, contudo, e quando interpelado, negava veementemente.
