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Luiz Alfredo Malucelli

A queda do Aimoré

Conta o Gilberto Fontoura que, nos anos 70, o Coritiba colecionava títulos e só contratava técnicos famosos. Assim, quando o Tim deixou o clube como tricampeão e campeão do Tor­­neio do Povo, foi contratado ninguém menos que o bicampeão mundial Aimoré Moreira. Após cinco jogos, Aimoré amargava as piores derrotas da carreira.Num jogo com o Rio Branco, a torcida pedia a cabeça do técnico. Na hora do jogo, no vestiário, ninguém queria ir para o banco com o técnico e os reservas. Nem Luiz Afonso de Camargo, Eli Thomás de Aquino ou o Estevão Damiani. Escalaram o Gilberto.

Na segunda-feira, reunião da diretoria o assunto foi:

– O que fazemos com o Aimoré? Eli Thomás de Aquino (hoje diretor da Rádio CBN) pede a palavra e diz:

– Não há outra solução. Um técnico que precisa perguntar ao Gilberto o que fazer com o time não pode continuar no Coritiba.

Naquela noite, Aimoré foi dispensado.

O ponto de vista do Augusto José

À tarde, uma forte tempestade passou pelo litoral paranaense, deixando as ruas alagadas e muitos estragos. À noite, os noticiários dos telejornais sobre a tragédia de Nova Friburgo. Na sala de tevê, a consternação dos adultos, que faziam comentários unânimes de conteúdo que sempre revelavam tristeza pelos acontecimentos noticiados. Atento à angústia de todos, o neto do Patrício Caldeira de Andrada, Augusto José, de 6 anos, tentou levantar o moral do pessoal.

– Ei! Vocês podem "olhar o lado bom dessa coisa". Pensem nas criancinhas bem pobrezinhas que hoje podem beber água limpa e também tomar um banho bem demorado com bastante água dessa chuvarada toda.

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