O cartorário Ermelino de Leão Neto, uma figura estimadíssima em Curitiba, tinha o costume de andar com um rolo de notas presas a um elástico. Um dia, foi almoçar no restaurante Enseada, ali na Rua Westphalen, quando um ladrão apossou-se da sua grana e saiu correndo. Ermelino, na época ainda moço, saiu atrás, gritando: "Pega ladrão! Pega ladrão!"
Lá adiante, alguém ouviu os apelos do Ermelino e deu uma rasteira no meliante. Ermelino chegou junto e já apanhou seu rolo de notas. Contou e exclamou: "Falta vintão!" Revirou os bolsos do larápio e achou a nota de 20.
Depois que a polícia tomou conta do indigitado, Ermelino voltou ao Enseada e contou que tinha recuperado até os vintão que eram o que tinha de pagar ao restaurante. Foi quando o garçom que o atendeu explicou: "Seu Ermelino, o senhor já pagou com uma nota de vinte".
Em resumo: recuperou todo o seu e ainda "garfou" vintão do ladrão.
A pesquisa do Milleo
Por volta de 1995, Marcelo Zanello Milleo exercia pela segunda vez o mandato de prefeito de Piraí do Sul. Numa noite de verão, resolveu sair de carro com a esposa para ver como andavam as obras de asfaltamento da estrada que liga a cidade ao santuário de Nossa Senhora das Brotas.
Estava satisfeito, pois era mais uma das suas obras e imaginava contar com bons índices de aprovação do eleitorado. Lá pelas tantas, avistou um velho amigo que não via havia tempos. Era o alfaiate "Quati". Parou o carro e gritou para o amigo que estava do outro lado da rua: "O que o senhor acha do prefeito de Piraí do Sul?"
Quem sabe o Quati não o tenha reconhecido, pois era noite, e deu uma resposta áspera: "Uma m...! Igual aos outros..."
