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Enchente do Rio do Ivo, na Rua Barão do Rio Branco. Foto de 1934 |
Enchente do Rio do Ivo, na Rua Barão do Rio Branco. Foto de 1934| Foto:
  • Rua da Lyberdade, atual Barão do Rio Branco. Palácio do Governo, em 1900
  • Rua XV de Novembro, esquina com Barão do Rio Branco, em 1930
  • Rua Ébano Pereira, em 1905
  • Começo da Rua XV, tendo ao fundo a antiga Avenida João Pessoa, em 1938
  • Rua Barão do Rio Branco. Trabalho nos trilhos dos bondes, em 1931
  • Rua Dr. Murici, a partir da Rua XV para o Alto S. Francisco, em 1904

Estou começando o texto desta página pela segunda vez, nesta quinta-feira. Segunda vez porque faltou luz por mais de meia hora aqui na minha rua, no bairro chique do Batel, onde ocorrem blecautes constantemente. Isso acontece cada vez que um mísero camundongo solta um flato, lá pelas bandas da Santa Quitéria.

Tarde chuvarenta que tira qualquer vontade de enfrentar o batente, pretensão que conta com a colaboração da nossa companhia de energia elétrica. Deixa pra lá. Vamos embarcar na nossa máquina do tempo e fazer uma visita ao século passado, dentro dos seus primeiros trinta anos.

Vamos fazer uma pequena inspeção nos anos de 1900, 1904 e 1905; em seguida, damos pulo para os anos de 1930, 1931, 1934 e 1938. Simples não é? É só ter imaginação e ter umas velhas fotos em que a viagem possa ser realizada.

A primeira fotografia é do velho prédio da Rua da Lyberdade, hoje Rua Barão do Rio Branco, onde funcionou o Palácio do Governo, por mais de trinta anos. Posteriormente, outros estabelecimentos públicos ali se instalaram, e ultimamente, isso há já alguns anos passados, esteve ali instalado o Museu da Imagem e do Som. O passante olha para o imóvel, atualmente, e fica a matutar sobre que fantasmas habitam hoje o velho casarão. Pois ali já esteve alojado um museu, que posso afirmar ser o Museu da Imaginação, ou seja, coisa que parece nunca ter existido.

Saltamos para outras ruas. Primeiro a Rua Dr. Murici, ainda no tempo do velho Theatro Guayra, do Quartel do Tiro Rio Branco e do Thezouro Estadual (Secretaria da Fazenda). Tudo isso já desapareceu ou mudou de lugar. Damos um pulo até uma rua paralela, a Ébano Pereira. O leito da rua ainda é de barro, logo à direita temos o Prawda, jornal da colônia polaca; um pouco mais acima, o Gimnásio Paranaense, recém-inaugurado, e lá no fim o morro do Alto de São Francisco, com as ruínas da igreja inacabada.

Agora vamos bater as portas da década de 1930. Já na esquina da Rua Barão do Rio Branco, temos a via mais importante de Curitiba: a Quinze de Novembro, já asfaltada e mantendo a sua fisionomia de logradouro estritamente comercial. Da esquina emborcamos pela Barão, em direção à Estação da Estrada de Ferro – entretanto, nos vimos obrigados a parar e ficar olhando o pessoal trabalhando nos trilhos dos bondes, entre as ruas Visconde de Guarapuava e André de Barros. Afinal, como bons curitibanos, gostamos de ver os outros trabalharem. Como hoje estamos em dia de chuva, não podemos deixar de visitar uma boa enchente, embarcados num Pé de Bode, pela velha Barão do Rio Branco dos idos da década de 1930.

Para terminar esta nossa viagem a Curitiba dos anos trinta, não poderíamos deixar de ver como era o cartão de visita da cidade: a Avenida Luiz Xavier (então João Pessoa), antes de ser Boca Maldita, e com um Palácio Avenida destinado a moradias, lojas e um cinema. Vamos agora nos entreter com as fotos dos locais que visitamos.

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