• Carregando...

      Todo mundo está apressado na atualidade, todos vivem ansiosos se locomovendo de um lado para outro dentro de um trânsito caótico. Em Curitiba, por exemplo, para fazer o trajeto desde o centro até a cidade industrial, de ônibus, o percurso é cumprido em uma hora e meia, quando não leva bem mais, em razão do volume de veículos circulando.

      Por volta da década de 1940 um colono com a sua carroça, tracionada por dois cavalos, fazia o trajeto entre Fazenda Rio Grande e Curitiba numa viagem que durava entre oito a dez horas pela estrada que passava pelo Umbará onde existia a chamada ponte de zinco, em razão de sua cobertura. A variação do andamento a ser percorrido dependia muito de estar o tempo seco ou sob chuva.

      Hoje numa passada o automóvel faz o percurso até a Fazenda Rio Grande em meia hora, levando-se em conta um movimento de veículos sem congestionamentos. Com a inauguração da Estrada de Ferro, em 1885, o curitibano podia ir a Paranaguá pela manhã, almoçar e voltar com o trem da tarde. Os hotéis sentiram nos seus faturamentos a maravilha que foi a introdução daquele transporte entre a capital e o litoral. E os restaurantes então? Esbaldavam-se oferecendo refeições com frutos do mar frescos.

      O transporte urbano, entre o centro e os bairros de Curitiba, começou a servir a população em 1887 com a inauguração dos bondinhos tracionados por mulas. Os bondes elétricos começaram a transportar os curitibanos em janeiro de 1913, já os automóveis demoraram mais para rodarem pelas nossas ruas. O primeiro auto surgiu em 1903 tendo como proprietário o industrial Francisco Fido Fontana. Um volume mais considerável, tanto de automóveis de aluguel como de particulares se fez notar a partir de 1920, após o termino da primeira guerra mundial.

      Os ervateiros, assim como os madeireiros, se preocupavam com o transporte de suas produções. Na década de 1880 o coronel Amazonas Marcondes introduziu o transporte fluvial através de pequenos vapores que faziam o trajeto entre União da Vitória e Porto Amazonas, o serviço de cabotagem no Rio Iguaçu sobreviveu até o final da década de 1950.

      O transporte coletivo em Curitiba vem sobrevivendo aos trancos e barrancos. Muito sonho, muita conversa mole, o povão que depende do busão está ralado. Basta olhar os nossos expressos nos horários de pico, é lastimável a acomodação dos passageiros. O desconforto é a razão direta pela aquisição de veículos próprios, e aí as ruas ficam entulhadas gerando outro desconforto: a falta de vagas para estacionar a própria condução. Assim caminhamos nós, e o resto da humanidade, sem sair dos apertos.

      Dê sua opiniãoO que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.

      0 COMENTÁRIO(S)
      Deixe sua opinião
      Use este espaço apenas para a comunicação de erros

      Máximo de 700 caracteres [0]