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É hoje! É o dia de saber quem é o melhor, será o Coritiba que vai ter que engolir Operário de Ponta Grossa ou o time Princesino vai garantir os dois a zero que carimbou o Coxa em seu estádio?

Tal disputa me leva há 57 anos no passado, acontece que em 1958 o degas era funcionário público e metido a fotógrafo, por uma peixada arrumei um serviço extra, aos sábados e domingos no Paraná Esportivo, extinto há vários anos. O trabalho consistia em fotografar os jogos de futebol, tanto fazia que os jogos fossem de equipes profissionais ou as ditas de várzea.

  • Foto da inauguração do Estádio do Coritiba em 22 de novembro de 1932
  • Assistência na curva dos cedros em 1948
  • Anexo junto à coberta em dia de Atletiba, 1949
  • Seguranças e membros da direção confabulam antes do início de um jogo em 1950
  • Mesa do sumula e o público, em 1950
  • Cavalaria da polícia no interior do campo do Coritiba, na década de 1940
  • Geral do Coritiba em 1944

O jornal fazia cobertura inclusive de jogos dos times de Curitiba contra alguns do interior, como Paranaguá e Ponta Grossa. Quando acontecia uma disputa de tal modo o Paraná Esportivo contratava um Carro de Praça, como eram chamados os taxis, para levar o fotógrafo, ficando esperando o mesmo até o término da partida. O comentário era feito através de um redator através de transmissão radiofônica, escutada na própria redação do jornal.

Naquele domingo de 1958 fui escalado para fotografar Operário X Coritiba, em Ponta Grossa. Estrada de macadame viagem, longa e desconfortável, entretanto sem preocupar o foca então no vigor de seus 22 anos.

A chegada ao estádio já foi demonstrando que haveria emoções extras. O público estava agitadíssimo, uma enorme faixa estava colocada atrás do gol da entrada onde em letras enormes letras estavam grafados: TJD Ladrão!

A experiência aconselhou ficar atrás do gol defendido pelo Coritiba, cujo goleiro era o saudoso polaco Waldomiro, para não ficar atrás do goleiro da casa, que poderia ser julgada pela torcida como uma secação. Perfeito engano começou a chover pedras já nos primeiros dez minutos de jogo. Ainda tenho uma cicatriz na cabeça causada por um meio tijolo certeiro lançado por um dos milhares torcedores enfurecidos.

Incontinente, depois de ser medicado pelo massagista do Coritiba, peguei o Carro de Praça e me mandei de volta para Curitiba, ao chegar à redação um dos diretores, o Ezio Zanelo, que estava redigindo a noticia, simplesmente perguntou: Fotografou o golo?

Não fotografei e em campo de futebol poucas vezes entrei, raramente para fotografar. Atualmente completo 40 anos sem pisar para dentro de um estádio em dia de jogo, estou vacinado pelo meio tijolo de Ponta Grossa.

Em homenagem ao massagista do Coxa, que me fez o curativo no ferimento, as fotos de hoje são do Estádio no tempo que ainda tinha o nome de Belfort Duarte.

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