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Alerta

Com 26%, umidade relativa do ar atinge marca crítica em Curitiba

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) números abaixo de 30% são considerados críticos para a saúde

A atriz deu uma entrevista ao programa Good Morning America para falar do seu estado de saúde na última terça-feira (19) | Reuters/ABCNEWS.com
A atriz deu uma entrevista ao programa Good Morning America para falar do seu estado de saúde na última terça-feira (19) (Foto: Reuters/ABCNEWS.com)

As altas temperaturas e o forte calor que têm feito em todas as regiões do Paraná durante esta semana fizeram com que a umidade relativa do ar chegasse a níveis críticos. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, durante a tarde desta quarta-feira (20), a umidade do ar em Curitiba foi de 26%. Em outras cidades do interior, como Londrina, no Norte, os números marcaram entre 24% e 26%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que números abaixo de 30% são considerados críticos para a saúde da população.

Pessoas com problemas respiratórios, principalmente crianças e idosos, sofrem mais com a baixa umidade do ar nos dias quentes. Sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos são problemas decorrentes por causa da baixa umidade do ar.

O pneumologista do Hospital de Clínicas (HC), Jairo Sponholz Araújo, explica que o ar seco em Curitiba é incomum, porém, quando ocorre, a população deve tomar alguns cuidados com a saúde. "O principal cuidado que as pessoas devem ter é com a hidratação, tanto corporal quanto dos ambientes", avisa Araújo. O consumo de água é necessário para compensar as perdas durante o dia. Nas residências, Araújo diz que as pessoas devem colocar panos úmidos para evitar que o ar fique seco, além de deixar janelas abertas, para uma ampla ventilação.

O médico ainda alerta que as pessoas que ficam em contato com ar-condicionado tendem a ter mais problemas. "O ar-condicionado deixa o ar seco, ainda mais propício para problemas respiratórios", afirma.

Escolas

As altas temperaturas deixaram as escolas de Curitiba em alerta. As crianças são as que mais sofrem com a baixa umidade do ar. A pediatra Lúcia Cristina Manoel, do colégio Bom Jesus, explica que as crianças estão geralmente em um maior contato com o sol. As precauções são simples e necessárias. "A hidratação das crianças deve ser adequada. Os pais podem vestir os filhos com bonés e roupas mais leves", diz Lúcia.

Durante as aulas de educação física, a pediatra afirma que os colégios preferem utilizar horários em que o sol não está tão forte ou realizar outras atividades. "Também podemos utilizar pátios cobertos, assim os alunos não ficam em exposição direta ao sol", afirma.

Massa de ar seco

O meteorologista do Simepar, Samuel Braun, afirma que uma grande massa de ar seco predomina em todo o estado. Nesta quarta-feira foi registrado o segundo dia mais seco do ano. Em junho, a baixa-umidade chegou a 20%. "Essa massa vai sair do estado. A partir desta sexta-feira (22) as temperaturas vão diminuir em Curitiba. No interior, a tendência é continuar o forte calor", diz.

Para esta quinta-feira (21), a previsão é de sol e calor em todo o estado. O tempo continua estável, sem chuva e com baixos índices de umidade relativa do ar no período da tarde.

Em Curitiba, os termômetros chegam a marcar máxima de 27°C e mínima de 13°C. Na cidade de Paranaguá, Litoral, o clima fica entra 17°C e 29°C. No Norte do estado, no município de Londrina, a mínina fica em 16°C e a máxima em 30°C. Em Maringá, região Noroeste, e em Foz do Iguaçu, Oeste, as temperaturas marcam 17°C e 32°C.

Incêndios

A onda de calor que afeta as pessoas também atinge o meio ambiente. Com as altas temperaturas desta semana, o risco de incêndios nas vegetações do estado tem aumentado significativamente.

Segundo a Defesa Civil, em todo o Paraná, desde domingo (17), já foram registrados 101 focos de incêndio florestal. O tenente Eduardo Pinheiro da Defesa Civil afirma que o número de incêndios não foi maior por causa das fortes chuvas que atingiram o estado na semana passada.

A Defesa Civil informa que as regiões Oeste, Noroeste e Norte do estado estão em situação crítica. "Por causa das questões climáticas, estas regiões têm uma maior incidência de de queimadas", afirma Pinheiro.

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