Com a primeira Via Calma em implantação, Curitiba já planeja próximas

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Ainda em fase final de implantação, a primeira Via Calma de Curitiba, na Avenida Sete de Setembro, deve se espalhar pela cidade. Em coletiva para explicar o funcionamento da via, Antônio Miranda, do Ippuc, revelou que já existem projetos para expandir o sistema em outras ruas semelhantes, como é o caso da Avenida João Gualberto. No entanto, o Ippuc prefere esperar um período de avaliação do modelo antes de replicá-lo pela cidade.

O objetivo da Via Calma é estimular o respeito e a tolerância entre motoristas e ciclistas. A faixa pintada à direita da pista é preferencial para os ciclistas e todos os veículos que trafegam na via devem respeitar a velocidade máxima, que é de 30 km/h. Para acessar garagens ou desviar de ônibus e carros que estejam estacionando na via, os motoristas podem passar pelo trecho. A única exceção são as chamadas ‘bicicaixas’, já pintadas de vermelho, que ficam próximas aos cruzamentos. Nesses pontos, a pista é exclusiva para as bicicletas.

Miranda conta que a ideia para implantação da via acalmada surgiu de uma demanda dos ciclistas, que pediam para que se criasse uma estrutura de "pista ciclável" ao longo dos eixos de transporte, que possuem demanda e topografia adequada para a bicicleta. Além disso, as faixas preferenciais da Via Calma se integram com o restante da malha cicloviária da cidade, com as ciclovias das ruas Mariano Torres e Getúlio Vargas, por exemplo, além da extensão da Sete de Setembro, no trecho após a Praça do Japão. "O objetivo é procurar cada vez mais gerar conectividade da rede existente", explica.

A medida foi tomada, também, para retirar os ciclistas das canaletas. Uma pesquisa por amostragem realizada pelo Ippuc e Ciclo Iguaçu em agosto do ano passado mostrou que 67% dos ciclistas que usam a Sete de Setembro têm a bicicleta como meio para trabalho. Mais da metade dos entrevistados usa a bike todos os dias.