Comandante da PM em Curitiba é afastado

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O tenente-coronel Avelino José Novakoski, comandante do Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar, foi afastado de seu cargo, ontem, por determinação do governador Roberto Requião. A medida foi tomada devido ao nome do coronel ter sido citado no processo que resultou, mês passado, na Operação Avalanche, que investiga a conivência de policiais civis de Foz do Iguaçu com a prática de jogos ilícitos na cidade.

O anúncio ocorreu durante a reunião semanal do secretariado. "Tive a oportunidade de ler a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP). Com todo o respeito ao MP, tenho que dizer que a denúncia não me convenceu. Só afastei o comandante para que ele possa preparar a sua defesa", afirmou Requião. Deslocado da Diretoria de Ensino da PM, o coronel Altair Mariot assume, temporariamente, o comando do CPC.

De acordo com o coordenador da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) de Foz do Iguaçu, promotor Rudi Rigo Bürkle, não se trata de uma denúncia contra Novakoski. "Ele apenas teve o nome citado no processo".

A Operação Avalanche apura denúncias de que um grupo de policiais civis, entre eles delegados, recebia propina de empresários de Foz para não coibir a exploração de jogos de azar. Na segunda-feira, a PIC apresentou à 1.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu parte da denúncia. "São apenas fatos investigados que estão relacionados aos réus presos", contou Bürkle. Segundo nota oficial da PIC, o processo envolve 27 denunciados, 36 testemunhas e 84 "fatos delituosos", como formação de quadrilha, corrupção ativa e crimes contra a administração pública.

O promotor conta que a denúncia será analisada pela Justiça Estadual e caso seja constatada a responsabilidade e o envolvimento de policiais militares, o julgamento destes caberá à Auditoria Militar. "Um inquérito policial militar deverá ser aberto para colaborar nas apurações", afirmou o secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Na capital desde agosto, Novakoski foi trasferido de Foz do Iguaçu e não quis se pronunciar sobre o fato. Apenas disse, por meio da assessoria da PM, que conversará com a imprensa em breve.