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Espera na fila formada na frente da sede da Metrocard  supera as duas horas | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Espera na fila formada na frente da sede da Metrocard supera as duas horas| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Após a divulgação das filas formadas em frente ao posto da Metrocard para a troca dos cartões-transporte das linhas metropolitanas não integradas de Curitiba, a Comec, órgão estadual gestor das linhas metropolitanas integradas e não-integradas, determinou a ampliação imediata dos postos de atendimento da Metrocard. Agora, são oito postos e mais um posto móvel itinerante funcionando no Terminal do Guadalupe, no Centro de Curitiba.

A Comec informou ainda que a ampliou o prazo para utilização dos cartões da Urbs de gratuidades de dia 29 de fevereiro para o próximo dia 31 de março. Com isso, todos os beneficiários do sistema poderão continuar utilizando seus cartões da Urbs nos sistemas metropolitano integrado e não-integrado até essa nova data.

Sem acesso aos créditos

Uma passageira das linhas não integradas do transporte metropolitano de Curitiba está sem acesso aos créditos adquiridos antes do início das mudanças no sistema de bilhetagem .

Maria Cristina Nascimento Tiburço, 46, é uma delas. Nesta segunda-feira (29), ela esteve no posto da Metrocard pela segunda vez em menos de uma semana. E não conseguiu rever seus créditos.

“Há 14 dias estou pagando o transporte com dinheiro, mesmo tendo R$ 66 em créditos no meu antigo cartão. Recebo apenas no quinto dia útil. Se não cair até hoje, não vou poder trabalhar amanhã”, desabafou Maria Cristina, que mora em São José dos Pinhais e diariamente utiliza a linha Jardim Ipê para vir a Curitiba. A passageira diz ter sido informada no posto de atendimento que uma liminar estava discutindo a questão e que nada poderá ser feito até que a Justiça delibere sobre o assunto.

Em nota, a Metrocard informou que “segue inteiramente à disposição dos usuários para atendimento e esclarecimento de dúvidas em todos os postos e terminais.” A associação, porém, não forneceu mais detalhes sobre o caso relatado por Maria Cristina

A empresa diz ainda que “A Associação Metrocard informa que já tomou todas as medidas judiciais cabíveis para ter acesso às informações que permitem que tais funcionalidades do sistema retornem ao normal. O prazo para a resolução desta situação depende de decisões judiciais, infelizmente ainda pendentes”.

O horário de atendimentos nos postos das 8h às 18h em Araucária (Terminal Central Urbano de Araucária), Campo Largo (Terminal Urbano de Campo Largo), Colombo (Terminal Maracanã), Curitiba (Rua Benjamin Constant, 148 – Centro; e Rua Tibagi nº 366), Fazenda Rio Grande (Terminal Fazenda Rio Grande) e Pinhais (Terminal de Pinhais). Em São José dos Pinhais o atendimento será na Central VEM, das 9h às 13h.

Troca dos cartões

A medida foi tomada em caráter emergencial porque a associação não entrou em acordo com a Dataprom para renovação do seu antigo contrato, vencido desde o último dia 7 de dezembro. O problema se acentuou no último dia 23, data em que os passageiros das linhas não integradas não conseguiram mais recarregar seus cartões antigos. Desde aquela terça-feira, enormes filas têm se formado na sede da Metrocard, na Rua Benjamin Constant, no Centro de Curitiba. Passageiros relataram espera superior a três horas.

A Metrocard afirma que está tentando resolver o impasse com a Dataprom, antiga prestadora do serviço, desde outubro do ano passado. Em nota divulgada na semana passada, a associação disse que o antigo fornecedor não estava lhe fornecendo informações do banco de dados do sistema. Essas informações seriam necessárias para que houvesse uma transição lenta e sem impacto para os usuários. No texto, a Metrocard informa também que buscou resolver o problema na esfera administrativa, mas que já havia ingressando com medidas judiciais que ainda estão pendentes de decisão.

Já a Dataprom informa que era apenas responsável pela manutenção dos equipamentos e do software do sistema de bilhetagem, que é de propriedade da Metrocard. Afirma também que a associação optou por não renovar o acordo e que, desde 7 de dezembro de 2015, é ela a responsável pela manutenção do sistema. No texto enviado também na última semana, a antiga prestadora do serviço afirma que os dados solicitados pela Metrocard estão, na verdade, com ela própria.

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