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Readequação das canaletas começou em abril e deve ser concluída no início do próximo ano | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Readequação das canaletas começou em abril e deve ser concluída no início do próximo ano| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Comparativo

As duas linhas do Ligeirão já existentes reduzem o tempo de viagem dos passageiros em até 15 minutos. Apesar da superlotação, a população prefere utilizá-los pela rapidez. Veja a comparação:

Ligeirão Boqueirão

Transporta 37 mil passageiros por dia. Oferece ônibus a cada 3,7 minutos no horário de pico e a cada 8 minutos no horário ocioso.

Ligeirão Pinheirinho-Carlos Gomes

Transporta 31 mil passageiros diariamente. Os ônibus passam em intervalos de 3,8 minutos em horário de pico e de 10 minutos no período ocioso.

250 pessoas

Podem ser transportadas em cada ligeirão azul. A percepção da população é de que o serviço é satisfatório do ponto de vista da rapidez, mas deficitário quando o assunto é a superlotação.

Cinquenta mil pessoas atendidas por dia. É essa a estimativa da prefeitura de Curitiba ao implantar a linha de ônibus Ligeirão Norte, que fará o percurso entre o terminal do Santa Cândida e a Praça do Japão, no bairro Água Verde. As obras para a readequação das canaletas (corredores exclusivos de ônibus) do eixo começaram no início de abril e devem ser concluídas em dez meses e meio, de acordo com a Secretaria de Obras do município.

Este é o terceiro eixo a receber o sistema chamado Expresso Ligeirão, a exemplo das linhas Pinheirinho – Carlos Gomes e Boqueirão. De acordo com a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), o próximo passo é a implantação do Expresso Ligeirão no eixo Leste-Oeste da cidade, entre os bairros Centenário e Campo Comprido.

O sistema Expresso Ligei­rão passou a funcionar em 2009 na Linha Verde e em 2010 no eixo Boqueirão. Na época eram utilizados ônibus biarticulados vermelhos com capacidade para 170 pessoas. Há pouco mais de um ano, a prefeitura colocou em circulação os novos ligeirões, na cor azul, que têm capacidade para 250 passageiros.

Avaliação

A percepção da população é de que o serviço é satisfatório do ponto de vista da rapidez, mas deficitário quando o assunto é a superlotação. Noemia de Souza Rodrigues, de 60 anos, trabalha em uma empresa na região da Linha Verde e utiliza o Ligeirão Pinheirinho-Carlos Gomes. Ela conta que à noite nem sempre consegue entrar no primeiro ônibus que para na estação Fanny. "Ele já chega aqui no tubo cheio e, além disso, às vezes o motorista fecha a porta rápido".

O analista de sistemas Felipe Alves de Macedo, 26 anos, utiliza o Ligeirão Bo­queirão entre os terminais do Boqueirão e do Hauer todas as manhãs, por volta das 7h30. Segundo ele, seria necessário mais veículos. "Os ônibus até vêm rápido, mas estão sempre cheios", reclama.

Outro problema apontado por Macedo é que os ônibus param em muitos sinaleiros. De acordo com a prefeitura, sensores instalados nas vias fazem com que os semáforos se abram com a aproximação dos ligeirões, diminuindo a duração do trajeto. A Urbs afirma, entretanto, que os sensores não foram feitos para abrir o sinaleiro no exato momento em que o veículo se aproxima, mas que, devido ao cabeamento das canaletas, ao parar na estação, o ônibus "avisa" onde está e é isso que permite que o sinaleiro seja acionado. Ainda segundo a Urbs, são feitos constantes estudos de demanda nas linhas de ônibus de Curitiba.

Eixo trará benefícios para a região norte

Os 32 tubos (16 estações) entre o terminal do Santa Cândida e a Praça do Japão passarão por reformas e o tempo gasto na adequação de cada estação será de três meses. No início de abril dois tubos foram temporariamente desativados, para que pudessem ser feitas as mudanças necessárias na canaleta, permitindo que, futuramente, o Ligeirão Norte consiga ultrapassar os expressos comuns.

Para quem utilizava a estação Holanda, as opções são os tubos Antonio Cavalheiro e Gago Coutinho. Aos usuários da estação Constantino Marochi, as alternativas são o Maria Clara e o Moysés Mar­­condes.

Quando as obras forem con­­cluídas, Walex Sandro Li­­ma, de 22 anos, diz que a volta do trabalho será mais rápida. Ele mora em Almirante Tamandaré, na Região Me­­tropolitana de Curitiba, e tra­­balha no bairro Hauer. A expectativa é de que a viagem entre o Teminal do Santa Cân­­dida e a Praça do Japão, que hoje leva 40 minutos, passe para 25.

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