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Os comerciantes que atuam dentro da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista, realizam, desde as 3 horas da madrugada desta quarta-feira, uma manifestação contra a terceirização do controle das áreas de carga e descarga da estatal. Clientes e caminhoneiros em geral não estão sendo impedidos de entrar na companhia, mas os comerciantes e carregadores cruzaram os braços e iniciaram uma passeata pela Avenida Gastão Vidigal.

Por volta das 6 horas, um oficial de justiça entregou aos representantes da Apesp uma ordem judicial da 1ª Vara Cível que proíbe os permissionários de realizarem manifestação e de impedirem a livre circulação de veículos e pedestres dentro da área da Ceagesp. Outra determinação da Justiça contida no documento é de que os manifestantes também não podem impedir os comerciantes que queiram vender seus produtos de assim fazê-lo. A multa em caso de descumprimento é de R$ 10 mil por dia.

Por volta das 7h45, os comerciantes interditaram totalmente os dois sentidos da Avenida Gastão Vidigal, em frente ao entreposto, segundo a Polícia Militar.

De acordo com o presidente da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo (Apesp), Eduardo Haiek, os trabalhadores devem liberar a via em breve e retornar para o interior da Ceagesp, onde deverão nomear uma comissão que pretende se reunir com o presidente da Companhia, Mauro Murici.

Segundo Haiek, "vamos tentar conversar com o presidente da Ceagesp para pedir, entre outros itens, o cancelamento do edital que permite a terceirização do controle das áreas de carga e descarga da estatal".

De acordo com a assessoria da Ceagesp, a presidência do órgão ainda não recebeu nenhum comunicado sobre a reunião mas afirma que o presidente Murici está à disposição para o diálogo.

O protesto é organizado pela Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo (Apesp). Segundo Haiek, os comerciantes não são contra as melhorias no sistema de controle de circulação de mercadorias e veículos dentro da Ceagesp, mas alegam que além de não terem sido comunicados nem consultados a respeito do edital de licitação, já arrecadam um total de R$ 600 mil mensais que poderiam ser investidos nestas melhorias.

Além disso, segundo Haiek, o objetivo da empresa que irá controlar as áreas de carga e descarga é principalmente o lucro. Os permissionários afirmam que só voltam a comercializar seus produtos nesta quarta-feira dentro da Ceagesp depois que forem atendidos pela direção da estatal e com ela iniciarem uma negociação.

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