O plano de diminuir o tráfego no centro histórico de Paranaguá para evitar danos aos prédios preocupa comerciantes. No ano passado, a prefeitura propôs, e os comerciantes toparam, a restrição do tráfego por três semanas, entre outubro e novembro. Na primeira vez foram fechadas as ruas XV de Novembro e Faria Sobrinho. No fim de semana seguinte, a Faria Sobrinho ficou aberta. O último fechamento durou três horas. Mesmo com atrações culturais na rua, o movimento caiu, segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), Yahia Hamud.
"A totalidade dos comerciantes é contrária ao simples fechamento da rua", afirma. Levando isso em conta, a Aciap deve apresentar uma proposta ao Iphan. A entidade defende apenas o fechamento da Rua General Carneiro, que acompanha o Rio Itiberê, e algum tipo de moderação do tráfego nas demais áreas. "Essa via tem um pouco de gastronomia e artesanato, que poderia ser impulsionado. Já a XV de Novembro tem lojas de eletrodomésticos e móveis, o que não atrai turista, e demanda transporte", justifica Hamud.
A prefeitura de Paranaguá informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que apoia o debate acerca do plano de mobilidade, mas espera receber o projeto final para fazer uma análise mais profunda.
