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Deputados da CPI dos Sanguessugas que estiveram em Cuiabá voltaram a Brasília convencidos de que a resposta ao bordão "de onde veio o dinheiro" do dossiê, repetido à exaustão por Geraldo Alckmin no debate, só será dada depois da eleição.

"O problema parece ser definir o que causa mais desgaste: dizer de onde veio ou não dizer", avalia Júlio Delgado (PSB-MG).

Ainda que se identifique a origem de US$ 109,8 mil que entraram no Brasil pelo Sofisa, o restante dos dólares e os reais devem atrasar a divulgação da engenharia financeira da operação.

Só no Bradesco, um dos bancos onde teriam sido feitas retiradas para fechar o R$ 1,7 mi, houve mais de 200 mil saques em valores inferiores a R$ 10 mil nos dias que antecederam as prisões de Gedimar Passos e Valdebran Padilha.

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Vivo – No decorrer das investigações a respeito do dossiê, a PF recebeu a informação de que Freud Godoy, ex-assessor de Lula, sacou R$ 150 mil em dinheiro em março de 2004.

Doril – O delegado da PF Edmílson Pereira Bruno, que deu o flagrante do dossiê, foi afastado do caso e depois vazou as fotos do dinheiro apreendido, entrou em licença médica. Alegou estresse.

Cavalo de Tróia – Na reunião com o juiz federal em Mato Grosso Jefferson Schneider, os deputados Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Paulo Rubem (PT-PE) insistiram na tese de que Valdebran Padilha teria sido infiltrado no PT por tucanos e pefelistas. Schneider considerou teoria conspiratória.

Túnel do tempo – Osvaldo Bargas, um dos "aloprados" do dossiê, levou Aloízio Mercadante para a CUT-SP nos anos 80. Em 1990, foi o mentor da primeira candidatura do economista a deputado federal. E, em 2002, um dos coordenadores de sua campanha ao Senado.

Onde e quando – Por ser deputado federal, Ricardo Berzoini tem a prerrogativa de marcar data e local para depor no inquérito do dossiê. O relato do ex-presidente do PT é considerado essencial para estabelecer a cadeia de comando da operação.

Queridinho – Estrela da hora, Jaques Wagner não desgrudará de Lula no segundo turno. O governador eleito da Bahia já tem eventos marcados para São Paulo, Pernambuco, Rio e Minas.

Linha e agulha – Aldo Rebelo sugeriu a Clodovil (PTC) se dedicar à defesa da indústria têxtil. O costureiro e deputado eleito gostou da idéia.

Temperado – Os aliados que se empolgaram com a exibição de Geraldo Alckmin na Band podem tirar o cavalo da chuva. O tom do programa de tevê, que recomeça amanhã, será outro. Mais apimentado que o do primeiro turno, mas bem menos que o do debate.

Mailling – O PSDB paulista distribuiu no estado cerca de 200 mil cartões postais com propagandas de Alckmin para que o material, com recomendação de voto no tucano, seja enviado por eleitores a parentes que moram no Nordeste.

Comboio – O presidente do Senado, Renan Calheiros, articula com José Sarney a ida de Roseana, ameaçada de expulsão no PFL, para o PMDB. Com ela devem migrar o senador Edison Lobão (MA) e o recém-eleito senador Epitácio Cafeteira, hoje no PTB. Se o PV não se fundir com o PPS e sucumbir à cláusula de barreira, também Zequinha Sarney pode virar peemedebista.

TIROTEIO

* De Eduardo Graeff, secretário-geral da Presidência na gestão FHC, sobre as críticas de Lula às privatizações do governo tucano.

– Lula continua a perguntar para onde foi o dinheiro das privatizações. É incrível que, após quatro anos no governo, ele não tenha descoberto. Parece que saber de onde vem e para onde vai o dinheiro não é o forte dele.

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