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A polícia tem 10 dias para concluir o inquérito sobre o seqüestro no ABC, mas ele deve ser finalizado até a próxima sexta-feira (24). A polícia precisa ouvir o depoimento de Lindemberg Alves, de 22 anos, acusado do crime. O delegado também vai fazer a reconstituição de tudo o que aconteceu no conjunto habitacional em Santo André, no ABC, onde o jovem manteve a ex-namorada refém durante mais de 100 horas. Ela acabou baleada na cabeça e morreu no hospital.

A polícia irá ouvir o depoimento de Nayara Silva, de 15 anos, que também foi mantida refém e é uma das principais testemunhas no caso. Mas isso só deve ser feito depois que ela tiver alta do hospital. Na tarde desta segunda-feira (20) foram ouvidos no 6º Distrito Policial de Santo André o irmão e uma tia de Eloá. Na chegada à delegacia, a tia de Eloá disse que estava satisfeita com o trabalho da polícia.

A prioridade da policia agora é ouvir novamente Nayara. Ela chegou a ser libertada e, antes de voltar para o cativeiro, contou como Alves estava agindo. No depoimento, ela disse que todos foram agredidos, principalmente Eloá, que levou tapas e chutes. Segundo a jovem, ele dizia que era o "príncipe do gueto", o cara que mandava no local.

Em nota, o Ministério Público de São Paulo confirmou que o promotor do Júri de Santo André Antonio Nobre Folgado será o responsável pelo caso. Após receber o inquérito policial, ele terá cinco dias para oferecer a denúncia.

Negociação

A polícia divulgou imagens dos últimos minutos da negociação. O seqüestrador dava sinais de desequilíbrio. "Tem um anjinho aqui falando não faz isso, do meu lado. Tem outro, um diabinho falando faz, não deixa passar não. Tem um anjinho e um diabinho aqui", disse o jovem ao negociador. Quando os policiais invadiram o apartamento, se ouviu o disparo.

Por medida de segurança, ele foi colocado sozinho numa cela de nove metros quadrados, com apenas um colchão e um vaso sanitário. E nos próximos dez dias não poderá receber visitas.

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