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Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anuncia hoje, em sessão do Congresso Nacional, a criação da CPI dos Sanguessugas, destinada a investigar o desvio de recursos do orçamento para a compra fraudulenta de ambulâncias. O esquema, descoberto e desmembrado pela Polícia Federal, envolve deputados e senadores e assessores de parlamentares.

Calheiros reuniu ontem os líderes partidários para debater a viabilidade da criação da comissão parlamentar. Dos partidos que estiveram presentes, apenas o PP se mostrou contrário à investigação do assunto pelo Congresso Nacional. O ex-líder da legenda, deputado Pedro Henry (MT), é um dos investigados pela Polícia Federal e será objeto da nova CPI. A comissão terá a participação de deputados e senadores e deverá funcionar em prazo curto, por 30 dias prorrogáveis por mais 30. No entanto, esse prazo pode vir a ser prorrogado por tempo indeterminado.

O requerimento com as assinaturas será conferido pela Mesa Diretora do Congresso e será lido em sessão marcada para hoje.

"Venceu a dignidade; perdeu a corrupção", disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). "O pedido da CPI já está legalmente e regimentalmente dentro os parâmetros legais.

A CPI só não será criada se inventarem uma nova farsa", afirmou a líder do PSol no Senado, Heloísa Helena (AL). "Tem 99,9% de chance de a CPI ser criada", admitiu o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), que teve dois assessores presos pela PF por conta do esquema.

Calheiros disse aos líderes que respeitará a vontade dos partidos e dará seguimento ao pedido de criação. As regras da nova comissão serão definidas até quinta-feira. Ainda não está definido qual partido terá direito a indicar a presidência da comissão e qual legenda indicará o relator da nova CPI.

Enquanto isso, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1.ª Região (Brasília) concedeu liberdade a sete acusados de envolvimento no esquema. Um dos beneficiados é o ex-deputado federal Carlos Rodrigues, conhecido como Bispo Rodrigues.

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