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Brasília – No momento em que deputados e senadores enfrentam protestos por terem elevado para R$ 24,5 mil seus próprios salários – um aumento de 91% –, o Congresso votará nesta semana o orçamento da União para o ano que vem, no qual há uma polêmica em torno de conceder ou não aumento de R$ 8 ao salário mínimo (de R$ 367 já garantidos para R$ 375).

A previsão é que a peça orçamentária seja votada na quarta-feira na Comissão Mista de Orçamento e submetida ao plenário no dia seguinte.

Segundo o relator da proposta de orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), a idéia é manter no texto o reajuste do salário mínimo de R$ 350 para R$ 375. Ele disse, entretanto, que aguarda até a tarde de amanhã uma resposta do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) sobre o valor ideal.

"Mantive os R$ 375 porque é o que foi aprovado no relatório setorial. Gostaria que até o meio-dia viesse uma confirmação do Palácio do Planalto para o texto poder ir à votação’’, disse Raupp.

O aumento para R$ 375 desagrada ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, defensor de um reajuste para R$ 367. As centrais sindicais reivindicam elevação para R$ 420.Meta revista

A divergência ocorreu porque o governo havia se comprometido em aumentar o mínimo para R$ 375, mas, com a inflação e o aumento da economia no ano abaixo do esperado, o governo refez os cálculos. Em seguida, Mantega anunciou que o reajuste seria de R$ 367.

Seria a saída encontrada para ficar em linha com a a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que estabelece que o mínimo deve ser corrigido de acordo com a inflação, mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) per capta.

"Não vejo condições políticas de o Congresso refluir da decisão de aumentar o salário mínimo para R$ 375. Sabemos que o reajuste vai gerar impacto nas contas da Previdência e também das prefeituras, mas é preciso tomar uma decisão política e acho que ela já está tomada’’, disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), articulador das negociações do orçamento no Congresso. Até mesmo Guido Mantega já disse que considera difícil um recuo em relação à proposta de R$ 375.

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