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Cadeias

Contratos de auxiliares carcerários do PR terminam em outubro sem previsão de novas contratações

Governo do estado ainda não definiu como vai repor os 335 servidores que atuam na guarda de presos provisórios de cadeias e delegacias

No dia 2 de outubro chegam ao fim os contratos de 335 auxiliares carcerários do Paraná, que atuam na guarda de presos detidos provisoriamente em cadeias e delegacias de todo o estado. Como são contratados temporariamente (por Processo Seletivo Simplificado) e o convênio já foi renovado uma vez, os agentes devem deixar os cargos. Apesar de faltar menos de 20 dias para o fim dos contratos, o governo ainda não definiu como vai repor esses servidores.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) não fixou uma data para novas contratações. Em nota, a pasta apenas informou que o governo "está estudando um novo formato para a função exercida" e que isso tornaria possível a ampliação do número de auxiliares de carceragem.

A iminência do término dos contratos preocupa o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Paraná (Sipol). No início de setembro, a entidade encaminhou ao governo do estado um ofício alertando sobre a situação dos auxiliares de carceragem. O presidente do Sipol, Roberto Ramires, afirma que o fim dos contratos pode agravar a situação crítica em que se encontram cadeias e carceragens de delegacias de todo o Paraná.

A ausência dos auxiliares provocaria o desvio de função de investigadores, o que traria impacto negativo na elucidação de crimes. "Se os contratos forem rompidos, os investigadores vão ser desviados de função para fazer esse serviço [guarda de presos]. Investigador tem que fazer sua atividade fim: estar na rua, investigando", disse.

Como são contratos temporariamente, os auxiliares carcerários não são representados por nenhum sindicato. Por isso, o Sipol pretende se reunir com esses servidores e apoiá-los na solução do impasse. "O ideal é que os contratos sejam renovados", avalia Ramires.

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