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Presos da carceragem provisória da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), na Vila Izabel, em Curitiba, fizeram um princípio de rebelião no início da madrugada desta terça-feira (12) e ameaçaram fugir da delegacia. Em nota, o delegado Gérson Machado disse que os presos simularam um culto para encobrir o barulho provocado na tentativa de fuga. "[Os presos] organizavam um culto religioso para poder, em meio a orações e músicas cantadas em som alto, serrar as grades", disse Machado, em nota.

De acordo com o delegado, os policiais que estavam de plantão perceberam a ação dos presos. O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, foi acionado para conter o motim. Machado informou que a rebelião foi contida, sem maiores transtornos.

A polícia aponta que a ação foi organizada por três detentos, que se identificaram como integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Após a tentativa de fuga, eles foram transferidos para o Centro de Triagem II, localizado em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Rebeliões

Neste ano, a DFRV já registrou uma série de tumultos provocados por presos. A última rebelião foi registrada em 22 de agosto e também acabou sendo contida pelo Cope. Outras duas foram registradas recentemente: uma no dia 31 de julho e outra em 1° de agosto. Depois dos casos, no dia 4 de agosto, três homens fugiram da delegacia e usaram um carro, que estava estacionado no pátio do local, para a fuga. Em 7 de agosto, um caso inusitado envolveu outros dois presos, que tentaram deixam a delegacia dentro de sacos de lixo, mas foram pegos por policiais civis.

Os detentos reclamam da superlotação e das más condições das instalações da cadeia. A carceragem tem capacidade para abrigar 32 pessoas, mas cerca de 150 homens estão presos no local. Cinquenta e quatro presos chegaram a ser transferidos.

Condições

Em julho, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) vistoriou a carceragem da DFRV e constatou problemas no esgoto, nas instalações elétricas e no fornecimento de água. Outras duas inspeções foram feitas na delegacia no início de agosto: uma pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e outra pela Comissão Permanente de Direitos Humanos (Coped).

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