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Uma pessoa morreu e cinco pessoas foram presas nesta segunda-feira (25) pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) acusadas de formar uma das mais procuradas quadrilhas especializadas em roubo de cargas do Sul do país. Na tarde desta quarta-feira, todos foram apresentados à imprensa na sede do Cope.

Além do líder da quadrilha, Ivanildo Sitorski, de 40 anos, outros quatro integrantes foram presos. A esposa de Sitorski, Márcia Maria Vanucci, 37, seu filho adolescente, A.F.V., 17, e mais dois comparsas: Josias de Oliveira, 25 e Ronaldo Bernardon, 23. Um sexto integrante da quadrilha reagiu à prisão, trocou tiros com a polícia, e acabou morrendo no Hospital Evangélico.

A investigação

Há 40 dias, Sitorski havia fugido da Colônia Penal Agrícola de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, onde cumpria pena por roubo em regime semi-aberto. Desde a fuga, a polícia começou a investigar alguns crimes, com características semelhantes as da quadrilha, e a seguir os passos de Sitorski.

As investigações levaram os policiais a identificar dois roubos de carga, um assalto a banco, e outro a uma residência. Todos crimes cometidos pela quadrilha. Há algumas semanas, o Cope chegou a um barracão de propriedade de Sitorski no bairro do Xaxim em Curitiba. Lá foram encontradas diversas pistolas, revólveres, farta munição e aparelhos eletrônicos.

De acordo com o delegado do Cope, Marco Antônio Góes, os aparelhos encontrados eram dos assaltos ao banco e a residência. Além disso, um automóvel roubado com placa de Colombo, região metropolitana de Curitiba, também foi recuperado.

Na tarde de segunda-feira (25), os policiais do Cope receberam denúncia sobre uma tentativa de assalto a uma carga de cigarros na região de Ponta Grossa, a cerca de 140 quilômetros de Curitiba.

A prisão

Uma equipe foi até o local e, num posto de gasolina em São Luis do Purunã, entre Ponta Grossa e Curitiba, localizou Sitorski e um adolescente de 17 anos. Durante a abordagem, o adolescente recebeu a polícia a tiros e conseguiu fugir, já Sitorski, foi preso em flagrante. A carga de mais de 80 caixas de cigarro e o caminhão roubado foram recuperados.

Horas depois, também foram presos Josias, em um apartamento no bairro Boa Vista, e Ronaldo, no Hospital do Cajuru em Curitiba. Na seqüência os policiais foram informados de que a esposa e o filho de Sitorski estavam indo até São Luis do Purunã resgatar o adolescente. Com o apoio da Polícia Rodoviária, policiais do Cope cercaram o automóvel e prenderam os dois.

Outra denúncia informou que o adolescente tentava roubar um carro, próximo ao local onde Sitorski foi preso. Quando viu a polícia, o adolescente novamente trocou tiros com os policiais, mas foi baleado. Encaminhado ao Hospital Evangélico em Curitiba, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele era acusado de cometer mais de 20 homicídios na cidade de Colombo.

O destino

A quadrilha toda permanece presa da sede do Cope. Ainda nesta quarta-feira a mulher de Sitorski deve ser transferida par ao 9.º Distrito Policial. Os acusados vão responder denúncia-crime por formação de quadrilha, roubo, receptação e porte ilegal de armas. Sitorski e a mulher vão responder ainda por corrupção de menores. A pena para todos pode chegar a 20 anos de reclusão.

O patrimônio

Desde os anos 80 cometendo crimes, estima-se que Ivanildo Sitorski tem um patrimônio que pode chegar a R$ 5 milhões. Além de imóveis e automóveis, que estão registrados, em sua maioria, no nome da esposa e da sogra, a polícia descobriu que Sitorski estava construindo um motel na BR-116, próximo a Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba. O estabelecimento seria um presente de 18 anos ao filho, que também foi preso pelo Cope.

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