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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que apura os interesses em incentivar e financiar a prática do aborto no Estado, vai convidar os representantes da JRG, do Espírito Santo, e da S3Med, de Niterói, para prestar esclarecimentos. A convocação foi motivada depois que o gerente da Merriam Farm, Alessandro Scalise, afirmou nesta terça-feira que a empresa não é a única distribuidora do remédio abortivo a base de misoprostol no Estado do Rio. Em reunião da CPI, o gerente entregou um relatório em que consta que essas outras duas empresas também distribuem o medicamento.

O presidente da comissão, deputado Iranildo Campos (PSD), disse que houve contradição entre os depoimentos do representante da Merriam Farm e do gerente Nacional de Vendas da Indústria Química Farmacêutica Nacional S/A (Infan), Antonio Botelho Vertoça Xavier — a Infan é a única produtora do misoprostol no Brasil.

“Vamos investigar a distribuição do remédio. Como pode o diretor comercial da Infan declarar que só há uma distribuidora no Rio e a comissão receber um relatório que mostra que outras duas empresas fornecem o abortivo para vários órgãos do Estado?”, desconfia o deputado.

O remédio a base de misoprostol não pode ser comercializado, apenas cedido às unidades hospitalares que o requisitarem à Vigilância Sanitária e apresentarem um conjunto de documentos necessários para a distribuição. Em sua defesa, Xavier informou que é gerente de Vendas da Infan há dois anos e que, por isso, não pode garantir o que acontecia antes na empresa: “Atualmente, temos um rígido controle, desde a produção do produto até a distribuição para as clínicas que recebem o medicamento. O que sei é que somente a Merriam Farm distribui o misoprostol no Estado do Rio. Não sei como o produto vai parar no mercado negro”, declarou o gerente à CPI.

Procuradas pelo O GLOBO, as empresas JRG e S3Med ainda não se manifestaram sobre o assunto.

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