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O promotor Élcio Sartori está há dois anos experimentando a tranqüilidade da rotina de trabalho no interior. Ele atua em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná, cidade com 30 mil habitantes e que registrou dois homicídios no ano passado. Mas ele já foi promotor substituto em cidades da região metropolitana de Curitiba. Tinha pilhas de papel sobre a mesa. Passou apenas um mês em Almirante Tamandaré, em 2002, quando era o único promotor da cidade. Foi tempo suficiente para saber que era inviável trabalhar satisfatoriamente sozinho.

"O trabalho a gente acaba fazendo, a diferença é o desgaste pessoal", conta ele, lembrando que não restava tempo para se dedicar à família ou aos estudos. Não é que o tempo sobre agora, mas Sartori tem certeza de que consegue desempenhar melhor sua função. Ele divide o volume de trabalho com uma promotora. No Fórum da comarca existem 1.297 processos criminais, cerca de 400 inquéritos policiais e 800 procedimentos do Juizado Especial Criminal.

Já a promotora Lucimara Rocha Ernlund trabalha juntamente com outros sete promotores em Guarapuava, cidade de 165 mil habitantes, e outros quatro municípios da região (mais 40,6 mil moradores). Oito promotores, situação tranqüila? A promotora se apressa em dizer que o Ministério Público está abarrotado de serviço. Ela cuida de 2,8 mil processos da Vara de Execuções Penais, participa de todas as ações que envolvem homicídios e ainda responde pela Promotoria Especial de Saúde Pública.

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