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Segurança

Criminalista defende curso humanista para policiais

A polícia brasileira, de um modo geral, age orientada pelo princípio da presunção de culpa, em vez da presunção de inocência, avalia o advogado criminalista Juarez Cirino dos Santos, professor de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e presidente do Instituto de Criminologia. Por essa lógica, o policial age como se toda pessoa suspeita fosse criminosa. Assim, ele próprio prende, julga, sentencia e executa a pena. "E aplica uma sentença que nem existe no Código Penal, que é a sentença de morte", diz Santos, também pós-doutor em Política Criminal.

Santos pondera que o problema não é exclusivo do Paraná ou de algum estado em especial, tampouco se pode fazer generalizações e acreditar que todos os policiais costumam agir de forma truculenta. Como em toda profissão, há os bons e os maus policiais. Mas o criminalista acredita haver uma falha nas corporações de segurança pública porque falta aos policiais uma formação acadêmica em direitos humanos. "Uma formação baseada nos princípios constitucionais que protegem a pessoa", diz. Na avaliação dele, essa visão humanista ajudaria a evitar o genocídio que se comete com a farda.

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