
Dez ônibus foram queimados na região metropolitana de Belo Horizonte (MG) desde o dia 26 de abril. O último caso aconteceu na madrugada de ontem, quando dois homens em uma motocicleta jogaram gasolina e atearam fogo em um veículo que estava estacionado em um posto de gasolina na região nordeste da capital mineira. Ninguém foi preso. Outros quatro ônibus foram incendiados na noite de domingo, no pátio da empresa Anchieta. A polícia não informou se esse incêndio, que também danificou o telhado da empresa, foi criminoso. As autoridades evitam afirmar que os ataques têm ligação.
O Departamento de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio investiga se a ordem para os ataques partiu de dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde cumprem pena vários chefes do tráfico. No dia 25 de abril, após mudança na direção da penitenciária, agentes apreenderam nas celas 16 aparelhos de telefone celular, 24 chips e 14 armas brancas, além de drogas. Na mesma noite, dez adolescentes incendiaram um ônibus em Contagem.
Após o pente-fino na cadeia, agentes teriam relatado que foram ameaçados de morte por detentos que alegam pertencer à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). "Coincidência ou não, após essa varredura começaram a colocar fogo em ônibus. Algumas ações nós achamos que partiram de dentro [do presídio]", disse o delegado Islande Batista, chefe do Departamento de Investigações de Crimes contra o Patrimônio.



