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O grupo de colecionadores Omnibus do Brasil reúne de técnicos do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), como Fabiano Ferreira, a gente como o motorista da Viação Colombo Ronaldo dos Santos – cuja paixão pelo transporte coletivo é vivida na hora do expediente, dia após dia. Quando essa trupe se encontra, é fatal, crônicas da lotação surgem aos borbotões. Nem sempre são episódios vividos pelos participantes, já que nem todos os interessados necessariamente andam de ônibus.

Osvaldo Born tem intenção de registrar esses episódios no site do grupo. Material não lhe falta – inclusive de próprio punho. Uma das passagens mais engraçadas é de 1993, quando o governador Roberto Requião, em seu primeiro mandato, autorizou qualquer linha que quisesse a fazer as rotas Curitiba – região metropolitana. As tarifas ficaram malucas e o Terminal Guadalupe virou um campo de guerra, sendo invadido até por carros da empresa Jacupiranga, de São Paulo. Born, claro, estava lá, com a máquina fotográfica em punho, e quase levou uma martelada na cabeça ao registrar um Caio Gabriela que saía para Pinhais. O motorista não gostou da presença do garoto xereta e o ameaçou com o apetrecho que serve para medir a pressão dos pneus. A história não acabou em tragédia, mas em fotos, tapinhas nas costas e numa sólida amizade com o condutor e sua família. Busólogos são de Marte, de Vênus e de paz.

Outra crônica das boas foi contada a Osvaldo por uma professora de Itaquaquecetuba, interior de São Paulo. Ela faz o tipo popular – aquela que pega amizade com o motorista. Além de bom papo, também costuma cantar no trajeto. Até o dia que percebeu não estar agradando a audiência com seu gogó a postos. Meio sem jeito, o homem da boléia lhe avisou que estava levando um grupo de passageiros para um velório. (JCF)

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