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A dois dias da manifestação "Chega de Luto", organizada por representantes da sociedade civil que pedem o fim da violência, chegaram, na terça-feira (4), de surpresa à cidade o comandante do Policiamento do Interior, coronel Celso José de Mello, e o delegado-chefe da Divisão Policial do Interior, Luiz Alberto Cartaxo Moura. Eles deverão ficar em Londrina, no Norte do Paraná, nos próximos dias para discutir com oficiais da Polícia Militar e delegados formas de combater a criminalidade e aumentar a segurança.

Mello não quis falar à reportagem do JL, mas em entrevista à TV Coroados anunciou que irá colocar nas ruas os 170 policiais militares que estão em treinamento desde o começo do ano. "Os policiais estão em período de formação e para ter maior habilidade, vão para a rua. Não podemos entregar homens formados sem pelo menos treiná-los na atividade de polícia", disse ele na entrevista. O coronel afirmou ainda que gostaria de reunir-se com os organizadores das manifestações pelo fim da violência para discutir a polícia "de forma técnica".

Já o delegado-chefe da Divisão Policial do Interior, Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse ao JL que defende uma maior integração entre as polícias civil e militar para que atuem juntas na prevenção e repressão à criminalidade. "Temos uma afinidade grande de trabalho e de pessoal. Não vejo dificuldade de integrar as ações", declarou Cartaxo.

Apesar da sensação de insegurança que envolve a sociedade londrinense, o delegado afirmou que os índices de criminalidade baixaram 50% entre 2005 e 2007 em razão da queda do número de homicídios registrados. No mesmo período, segundo ele, o índice de soluções de homicídio manteve-se igual, com 90%."A polícia vai muito bem nesse aspecto", avaliou.

Os números citados por Cartaxo são do sistema de geoprocessamento do governo do Estado, mesmo referencial usado em abril passado pelo secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, para demonstrar a queda na violência em Londrina.

Cartaxo admitiu "problemas patrimoniais", com o aumento de furtos e roubos, que, conforme ele, podem ter levado ao aumento da sensação de insegurança na população. "Muitos dos crimes contra o patrimônio são cometidos contra o comércio, que é composto de pessoas que formam opinião, reclamam, vão à imprensa. Também tivemos dois homicídios em Londrina que chamaram a atenção [assassinatos do estudante Rafael Ruiz e do pastor Erinaldo Lopes da Silva]. Isso efetivamente tem influência no quadro psicológico e aparenta insegurança".

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