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 | Foto: Venilton Kuchler / ANPr/Fotos Públicas
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Curitiba possui cerca de 900 locais mais vulneráveis para a criação do mosquito transmissor da dengue, zika e febre chikungunya, o Aedes aegypti. Classificados pela prefeitura da cidade como “pontos estratégicos”, estes lugares são mais propícios a ter espaços para o acúmulo de água parada e devem ser alvos de fiscalização rotineira para evitar a proliferação do inseto.

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“Esses estabelecimentos devem tomar medidas para controle do mosquito”, afirma a coordenadora do programa de controle da dengue, Juliana Martins, da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo ela, além das fiscalizações de rotina nestes locais, a prefeitura já recebeu neste ano mil reclamações de cidadãos, via a Central 156, denunciando possíveis focos de reprodução do Aedes.

Terrenos e prédios abandonados são vistoriados pela prefeitura

Um terreno que fica ao lado do estabelecimento de número 2050 da Rua Carlos de Carvalho, em Curitiba, preocupa os moradores do entorno. Um leitor entrou em contato com a Gazeta do Povo e informou que o terreno está cheio de água, gerando risco de proliferação do mosquito Aedes.

A prefeitura informa que não foi encontrado caso positivo de larvas do inseto no local, mas já notificou o proprietário a tomar medidas para resolver o problema, sob pena de multa. Na tarde de quarta-feira (20), o dono do terreno, Luiz Carlos Bernardi Boscardin, entrou em contato com a reportagem para informar que o local é sempre drenado, mas houve um acúmulo de água porque os equipamentos utilizados no trabalho foram furtados na semana do Natal. Agora, com máquinas locadas, uma nova drenagem está sendo realizada, que deve ser finalizada ainda hoje.

Além disso, outro leitor reclamou de um prédio abandonado entre as ruas Cândido Hartmann e Júlia Wanderley, no bairro Bigorrilho. Segundo a prefeitura, o espaço é monitorado quinzenalmente e ainda não apresenta proliferação das larvas do mosquito.

Juliana explica que a partir dessas denúncias as equipes de Vigilância Sanitária vão até os endereços para averiguar a situação. “Se for encontrada alguma irregularidade, o proprietário é autuado para tomar medidas para sanar o problema”, conta.

O prazo para solucionar a situação varia conforme cada caso. “Há situações que podem ser resolvidas em poucos dias e outras que levam mais tempo”, diz a coordenadora. Caso a situação não seja regularizada, o proprietário pode arcar com uma multa que pode chegar a até R$ 6 mil e a prefeitura pode ainda acionar o Ministério Público para obrigar que o cidadão tome as providências necessárias. “As fiscalizações só são realizadas por equipes uniformizadas e com crachá”, alerta ela.

Números da dengue no estado

Na terça-feira (19), a Secretaria Estadual da Saúde divulgou um novo boletim com a atualização do número de casos de dengue registrados no Paraná. Desde agosto do ano passado, 2.203 casos da doença já foram confirmados, sendo que dois moradores de Paranaguá morreram em decorrência de complicações da dengue.

Além de Paranaguá, com 614 casos, outras seis cidades também já atingiram uma taxa de incidência de casos que os colocam em situação de epidemia. São eles: Mamborê (56), Cambará (93), Munhoz de Mello (43), Santa Isabel do Ivaí (35), Itambaracá (25) e Guaraci (19). Curitiba registrou sete casos importados da doença.

Segundo o informe, outras três mortes também estão sendo investigadas pela Secretaria para atestar se a dengue contribuiu ou não para o óbito. Um caso é de Paranaguá (1) e outros dois de Foz do Iguaçu. Técnicos da Secretaria Estadual da Saúde estão analisando todos os prontuários médicos e pesquisando a história clínica de cada paciente. É preciso ainda aguardar o resultado de exames laboratoriais complementares.

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