Curitiba pode expulsar elefanta sem documento

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O Circo Moscou, armado no bairro Tarumã, em Curitiba, foi autuado em R$ 5 mil nesta quinta-feira (9) por irregularidade na documentação de uma elefanta. Se o proprietário não regularizar a situação junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), o animal será levado para uma reserva no interior de São Paulo. A elefanta não pode permanecer em Curitiba porque uma lei municipal de 2007 proíbe a utilização de animais em espetáculos circenses.

A denúncia da presença do animal foi feita por um morador da região. Segundo a prefeitura, o circo já havia sido vistoriado na semana passada, mas não foi constatada a presença do animal. Nesta quinta, os agentes voltaram ao local junto com técnicos do Ibama e Força Verde, da Polícia Militar. A prefeitura notificou os proprietários e deve multá-los na segunda-feira (13) em 3 mil por descumprir a lei municipal.

A elefanta, que segundo um dos tratadores tem 46 anos, estava dentro de uma carreta de transporte, num terreno atrás do antigo pavilhão de exposições, perto do estádio Pinheirão. O médico veterinário Wagner Souza constatou que o animal tinha alimento e água. A elefanta não apresentava sinais de maus tratos.

O procurador do circo, Pedro Voltiman Martins, explicou que o animal foi doado para um parque temático do Chile. O responsável pelo parque, Mirco Triska, estava no circo aguardando o Ibama emitir uma Guia de Transferência Animal para poder levar a elefanta. Martins explicou que não estava com o documento original do animal porque o enviou para Brasília para elaboração da guia.

Caso os responsáveis não apresentem a documentação ao Ibama de Curitiba, a elefanta será encaminhada a um abrigo em Itatiba, interior de São Paulo. O circo foi multado, ainda, em R$ 400, pela Secretaria Municipal do Urbanismo, por falta de alvará de funcionamento.