Desde fevereiro, os distritos policiais de Curitiba já registraram quatro fugas de presos, duas delas no 1º Distrito Policial, no centro da capital, que registrou a última na noite de domingo. A mais recente fuga foi registrada no 1º Distrito Policial, na noite do último domingo.
A carceragem do 1º DP, na esquina das ruas André de Barros e Barão do Rio Branco, foi construída para abrigar dois detentos, pois tem apenas duas celas individuais. Segundo um investigador que prefere não se identificar, no momento da fuga havia 35 presos no local e 17 deles fugiram. Outro policial afirma que foram dez fugitivos, mesma informação recebida pela seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR). O superintendente da delegacia, Adolfo Rosevics, conta que foram quatro presos.
Segundo Rosevics, os presos fugiram por um ponto cego do sistema de câmeras do distrito policial. A falha deverá ser corrigida em breve.
Na manhã de ontem, 15 detentos foram transferidos. Rosevics afirma que estava com quatro presos no fim da tarde. O superintendente diz que a superlotação foi um fato isolado, pois há dificuldade para remanejar presos. "Todos os que fugiram eram pequenos punguistas. Aqueles que oferecem mais risco, mandamos diretamente para unidades com melhor estrutura, como o Centro de Triagem II [localizado em Piraquara, região metropolitana de Curitiba]", declarou.
Segundo a presidente da comissão de direitos humanos da OAB-PR, Isabel Kugler Mendes, a OAB fez vistoria em dezembro na delegacia da região central de Curitiba. Um dos presos estava há mais de 20 dias esperando transferência.
Isabel afirma que, com "boa vontade" e "flexibilidade", daria para acomodar cinco pessoas em cada um dos cubículos. "Mais do que isso não é possível", opina.
Além do 1º DP, já foram registradas fugas no 3º e no 9º DPs, localizados respectivamente nos bairros das Mercês e de Santa Quitéria.
