Curitiba testa novo modelo de redutor

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A prefeitura de Curitiba vai instalar nas próximas semanas mais quatro faixas elevadas (mistura de lombada e faixa de pedestre) em ruas da capital com grande movimento de pedestres. O redutor de velocidade tem altura similar à de uma lombada, o que obriga o motorista a parar ou a reduzir a velocidade. Atualmente há 19 equipamentos deste tipo na cidade. O objetivo da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) e de órgãos de trânsito de outras cidades é regulamentar as faixas no Conselho Nacional de Trânsito (Contran), já que o redutor não é previsto pelo Código Brasileiro de Trânsito.

Segundo a gerente de Engenharia de Trânsito da Diretran de Curitiba, Rosângela Battistella, as faixas só podem ser instaladas em ruas com volume inferior a 600 veículos por hora nos horários de pico. "Se o volume for muito alto, o melhor é colocar um semáforo", diz. "Quando o volume é baixo, os veículos desenvolvem velocidade maior."

Técnicos de Curitiba e de cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Palmas (TO) formaram um grupo para definir as especificações técnicas das faixas, como a inclinação da rampa, a largura e o material. Em Curitiba as faixas são feitas de asfalto, mas também serão testados redutores feitos de concreto.

Para o advogado e especialista em trânsito Marcelo Araújo, o importante é padronizar a sinalização. "Como trata-se de um híbrido entre a lombada e a faixa, sem uma sinalização específica, os motoristas tendem a pensar que são faixas sem desnível", afirma. Outro ponto levantado por ele é que a faixa tem a mesma altura da calçada. "Um motociclista que se perder pode parar em cima da calçada."

Nos locais onde foram instaladas, as faixas melhoraram o trânsito. Um exemplo é a Rua Bispo Dom José, no Batel, tradicional ponto de rachas. "Tinha uma lombada antes, mas começavam o racha depois da lombada", afirma o empresário Carlos Laport, dono de um posto de gasolina. A funcionária Regiane de Fátima confirma. "Agora o excesso de velocidade acabou."