Curitibanos encontram dificuldades na hora de doar sangue; Hemepar alega lotação

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Um grupo de colaboradores de uma empresa curitibana se reuniu neste fim de ano para uma gincana solidária e uma das provas era levar o maior número de pessoas para doar de sangue. Na hora de concretizar o gesto, porém, eles encontraram dificuldades. Os funcionários da Econet Editora Empresarial chegaram ao Hemepar por volta das 17h30, mas foram impedidos de doar sangue, pois estariam supostamente fora do horário de atendimento – o expediente vai até 18h30. Os voluntários foram ao local em pequenos grupos e em dias diferentes.

A situação relatada pelos colaboradores é de que quanto mais próximo das 18h as pessoas chegaram ao Hemepar, mais dificuldades encontravam ao tentar realizar a doação. Há relatos de portões fechados, funcionários com bolsas e casacos prontos para finalizar o turno de trabalho e seguranças dizendo que o local já estava fechado. A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) está apurando o que pode ter acontecido.

“Se a pessoa chegar 18h20 é para conseguir doar normalmente. Em dias que o Hemepar já ultrapassou seu limite [em média 250 doações] é que as pessoas realmente não conseguem doar, mas são sempre orientadas a voltarem em outro momento”, destaca a assessoria de imprensa da Sesa.

“No dia 2 de dezembro, enquanto uma das equipes da empresa realizavam a doação, um rapaz chegou por volta de 18h10 e não conseguiu doar sangue. Os funcionários disseram que ele estava fora do horário. Ele reclamou muito, mas mesmo assim não conseguiu”, conta Flaviane dos Santos, colaboradora da Econet.

Outra situação relatada neste mesmo dia é a de que a última doadora do dia, Tamela Veiga, teve uma quantidade de sangue coletada muito menor que os demais. “Eu estranhei que fiquei apenas uns 10 minutos enquanto todo mundo ficava quase meia hora. Olhei para a minha bolsa de sangue e estava quase vazia. Quando perguntaram o motivo, eles disseram que já era suficiente”, relata Tamela.

Hemepar afirma que a capacidade estava acima do normal

O Hemepar, por meio da Sesa, afirmou que no dia 2 de dezembro a capacidade da sala de coleta estava acima do normal. “No dia 2 de dezembro às 18h tinham 18 pessoas na sala de coleta, um número já um pouco além da nossa capacidade, terminamos tudo por volta das 19h30. Por isso quem chegou depois desse horário não conseguiu doar, mas por padrão era para ter sido informado disso e não barrado”, destaca a assessoria da Sesa.

O problema encontrado no fim da tarde foi observado durante toda a semana, segundo Fabiano Freitas, gerente comercial da Econet. “Como sou gestor de uma equipe, fui ao Hemepar todos os dias para levar os funcionários. Chegando lá por volta das 17h30 encontramos muita dificuldade, todo mundo dava a entender que estávamos fora do horário. Alguns funcionários da recepção do Hemepar até disseram que a gente deveria chegar mais cedo mesmo estando claro que atendem até 18h30”, conta o gerente.

A assessoria ainda apura o que pode ter ocorrido nos outros dias. Nesta terça-feira, a Sesa informou apenas que a capacidade foi excedida no dia 2 de dezembro.

Doe sangue

O Hemepar reforçou o pedido por doações e diz que elas devem continuar sendo feitas normalmente dentro do horário de atendimento do banco de coletas.Segundo a Sesa, a situação da semana passada vai ser apurada, pois provavelmente se trata de um caso isolado. As doações podem ser feitas até as 18h30 durante a semana e serão feitas mesmo o doador chegando lá 18h25, ressalta a assessoria da Sesa.

Quem chegar no Hemepar e tiver algum tipo de dificuldade, deve ligar para a Ouvidoria Estadual de Saúde no número 0800 644 44 14 e registrar uma reclamação.

Quem quiser realizar doações de sangue ou se cadastrar no banco de doadores de medula óssea deve se dirigir ao Hemepar, na Travessa João Prosdócimo, 145, no Alto da XV. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 7h30 às 18h30, e aos sábados das 8h às 18h. As dúvidas podem ser tiradas pelo telefone 3281-4000.