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O Superior Tribunal de Justiça determinou ontem que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) reavalie se o exame de alcoolemia – realizado a partir de uma amostra de sangue de Luiz Fernando Ribas Carli Filho – poderá ser usado como prova no processo. Na prática, a decisão adia o júri popular, que estava marcado para o dia 26 de março, já que o caso só poderá ser julgado após o TJ-PR se manifestar sobre o exame. O ex-deputado responde por duplo homicídio doloso eventual (quando o agente assume o risco de cometer o crime), pela morte de dois jovens em um acidente de trânsito ocorrido em 2009, no bairro Mossunguê, em Curitiba.

"Infelizmente, vamos ter que esperar uns seis meses até que o júri popular ocorra", declarou o assistente de acusação, advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Yared, uma das vítimas do acidente.

O recurso para que o TJ-PR revisse a matéria relativa ao exame de alcoolemia havia sido impetrado pelo Ministério Público do Paraná. Na ocasião em que o acidente ocorreu, foi coletado sangue de Carli Filho e, a partir desse material, realizou-se o teste para comprovar que o então deputado havia ingerido bebidas alcoólicas.

Durante o processo, o TJ-PR descartou a prova, já que o sangue usado no exame teria sido colhido sem autorização de Carli Filho. O MP-PR recorreu, mas o recurso não havia sido julgado pelo TJ-PR.

Agora, o processo volta ao TJ-PR, mas a decisão não deve provocar impacto sobre o caso: Carli Filho deve continuar respondendo por duplo homicídio doloso eventual. "É apenas um formalismo que adia o julgamento. Eu já tenho elementos suficientes para provar que o réu estava alcoolizado", lamentou Assad. A Gazeta do Povo não conseguiu contato com a defesa de Carli Filho.

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