A Defesa Civil de Maringá decidiu não interditar o Colégio Estadual Presidente Kennedy, no bairro Santa Isabel, em Maringá, Noroeste do Estado, devido ao comprometimento da Secretaria Estadual de Obras a reformar o local. A instituição tem, há vários anos, com problemas sérios de infiltrações e goteiras. Após um temporal na última quinta-feira (06), pais de alunos e professores pediram vistoria para avaliar se o prédio encontra-se em condições seguras.
De acordo com o capitão Jurandir Pereira, da Defesa Civil, a interdição não foi feita, pois a governo do estado prometeu fazer uma reforma no telhado do colégio no período de férias. "Embora haja necessidade urgente de melhorar a estrutura, não há grandes riscos para os funcionários e alunos do colégio. Achamos melhor deixar os alunos terminarem o ano letivo normalmente e fazer a reforma durante o recesso escolar", afirma Pereira. Segundo ele, algumas medidas devem ser tomadas de imediato, como o uso de lonas nos telhados para diminuir as goteiras, até que sejam feitos os reparos definitivos.
A Secretaria Estadual de Obras confirmou a liberação de uma verba urgente no valor de aproximadamente R$ 100 mil para reformar os telhados de todas as salas de aula. Ainda não há informações sobre abertura de processo de licitação ou data para a reforma da instituição.
O diretor do colégio, Anísio Osmari Amaral, comemora a reforma. "Há dez anos pedíamos uma melhora em nossa estrutura. A única falha é que ela será feita apenas nas salas de aula, e não no setor administrativo, que também está precário", ressalta.
Estrutura
A escola atende cerca de 960 alunos, apresenta problemas no telhado e infiltrações em todas as 14 salas de aula. Em algumas delas, por causa do peso da água das chuvas, o forro apodreceu e cedeu. Em outras, professores e alunos realizaram uma "operação tapa buracos", utilizando fitas adesivas.
Em dias de chuva a escola, funcionários do setor administrativo cobrem com uma toalha plástica caixas com documentos e computadores. Já os professores, com ajuda de alunos, desligam e cobrem televisores das salas de aula.
Na última semana, após um temporal, 600 alunos foram dispensados por causa da inundação em salas de aula, corredores e setores administrativos da escola. Os outros estudantes tiveram de ser transferidos e amontoados em salas com menor número de goteiras por metro quadrado. Segundo Amaral, vários ofícios foram enviados à Regional de Educação de Maringá solicitando reformas urgentes.
O colégio foi inaugurado em 1963 e, segundo o diretor, há pelo menos 30 anos não recebe reformas.



