O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba Daniel Surdi de Avelar poderá decidir nesta terça-feira (9) se o caso do acidente provocado pelo ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho irá ou não a júri popular. A decisão poderá ser tomada após a audiência que está programada para esta data. Caso o anúncio não seja feito de imediato, o magistrado ainda terá dez dias para se pronunciar.
A audiência, que começa às 14 horas, foi pedida pela defesa para que uma testemunha de Carli Filho possa ser ouvida.
O ex-parlamentar é réu no processo sobre o acidente de trânsito que causou a morte de Gilmar Rafael Souza Yared, 26 anos, e de Carlos Murilo de Almeida, 20 anos. O acidente ocorreu na Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, em Curitiba, em 7 de maio.
O ex-deputado poderá ir a júri popular porque foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco por uma ação. Segundo o laudo policial, Carli Filho dirigia em alta velocidade e havia bebido antes de conduzir o veículo.
Um funcionário do restaurante onde Carli Filho esteve antes de se envolver no acidente afirmou que o ex-parlamentar bebeu quatro garrafas de vinho com amigos. Policiais militares que atenderam a ocorrência afirmaram que o réu estava embriagado. Essa informação também constava no relatório do acidente feito pelo Siate.
A assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou que a expectativa da promotoria é de que o juiz determine já nesta terça-feira que o ex-deputado irá a júri popular. O órgão apresentou um parecer à Justiça, em 15 de setembro, pedindo que Carli Filho vá a júri popular.
O advogado Elias Mattar Assad - que é representante das famílias das vítimas do acidente e também é assistente de acusação -, disse que, pelo andamento do processo, a decisão do juiz deve ser anunciada ao fim da audiência.
Assad afirmou também que a expectativa é de que Carli Filho preste depoimento novamente. A audiência foi convocada pela defesa do ex-deputado, por isso Assad afirmou que existe a possibilidade de o réu comparecer. "Se ele comparecer, esperamos que ele seja reinterrogado e que, ao final [da audiência], vá a júri popular", argumentou o assistente da acusação.
A reportagem tenta o contato com o advogado de Carli Filho, Roberto Brzezinski Neto, mas não tinha obtido sucesso, até as 16h15.
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